Poster (Painel)
P134 | CRIANÇAS COM PERDA AUDITIVA:HABILIDADES COGNITIVAS, LINGUÍSTICAS E EXPECTATIVAS FAMILIARES
| Autores: | PACHECO, P.M.1, PEDRUZZI, F.M.1, PACHECO, M.S.1, PESSOA-ALMEIDA, A.N.1, MOTTA-LOSS, A.B.1
1 UFES - Universidade Federal do Espirito Santo |
Resumo: Resumo Simples
Introdução A integridade do sistema auditivo, bem como experiências auditivas pela exposição ao meio, favorecem a aquisição e o desenvolvimento normal da linguagem. Crianças com perda auditiva são, muitas vezes, tidas como distraídas, com tendência ao isolamento, agitadas ou muito quietas. Podem apresentar problemas de produção e compreensão da fala, assim como entendimento de palavras com duplo sentido, como presentes em piadas além de desempenho escolar inferior. Muitas vezes os cuidadores (pais ou responsáveis) não percebem que o problema está na audição e a descoberta da deficiência auditiva costuma deixá-los muito confusos, derrotados e qualquer informação que lhes seja fornecida nesse momento dificilmente será compreendida, apenas contribuirá para aumentar seus sentimentos de pânico, medo e inadequação diante do problema. Neste trabalho, procurou-se compreender como estão estabelecidas as habilidades linguísticas e cognitivas em crianças com perda auditiva a fim de minimizar os possíveis danos. Além disso, procurou-se analisar as expectativas dos cuidadores em relação ao desenvolvimento de suas crianças, visto que os mesmos são essenciais para o bom andamento da educação auditiva. Se a criança estiver, desde cedo, em um ambiente de aprendizagem adequado, com cuidadores orientados no sentido de um comportamento que aumente a qualidade das trocas de comunicação com a criança, é possível que as consequências da perda auditiva sejam minimizadas. Objetivo Avaliar as habilidades cognitivas e linguísticas de crianças com perda auditiva, bem como analisar as percepções e expectativas dos cuidadores em relação ao desenvolvimento. Metodologia Participaram da pesquisa 5 crianças diagnosticadas com perda auditiva (3 meninos e 2 meninas), com idades entre 6 e 11 anos (Média = 7,2) atendidas no Núcleo de Audição de uma Universidade. Foram instrumentos de avaliação a Escala de Maturidade Mental Columbia (EMMC) e o Teste de Vocabulário Auditivo (TVAud). Um Roteiro de Entrevista sobre as percepções e expectativas em relação ao desenvolvimento das crianças foi respondido pelos cuidadores. Os dados dos instrumentos foram analisados de acordo com as normas estabelecidas pelo manual dos mesmos e submetidos à análise estatística descritiva. Os dados das entrevistas com os cuidadores foram transcritos e submetidos à análise qualitativa de conteúdo. Resultados Na EMMC, a maioria das crianças apresentou maturidade intelectual compatível com a idade cronológica. No TVAud, verificou-se que a maior parte das crianças apresentou vocabulário inferior ao que é esperado para a idade. Na entrevista com os cuidadores, vimos que o medo, a tristeza e a dificuldade de aceitação, foram os sentimentos mais fortes no momento do diagnóstico da perda auditiva, entretanto mostraram-se otimistas no enfrentamento durante a reabilitação. Conclusão O bom resultado na EMMC mostra desenvolvimento cognitivo adequado, demonstrando que a terapia em Audiologia Educacional e o comprometimento dos pacientes e suas famílias com a terapia podem favorecer uma boa evolução na aquisição de vocabulário. Na entrevista com os cuidadores, percebeu-se que apesar dos momentos ruins no início, eles parecem superar os sentimentos negativos durante a reabilitação, e sentem-se fortalecidos para continuar proporcionando o tratamento para a criança.
Palavras-chave: perda auditiva, habilidades cognitivas, habilidades linguísticas, expectativa familiar |