Oral (Tema Livre)
AO008 | ORGANIZAÇÃO DA REDE DE SAÚDE AUDITIVA DE UMA REGIONAL DE SAÚDE DE SANTA CATARINA
| Autores: | SCHILLO, R.1, LOPES, S.M.B.1 1 UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: Essa pesquisa faz parte de um Serviço de Alta Complexidade em Atenção a Saúde Auditiva de Santa Catarina e assim como os demais serviços do país ele foi estruturado da especialidade para atenção básica. Ao entender que esse serviço deve funcionar em rede, surgiu à necessidade de conhecer quais programas existem na atenção básica, como se estruturam, as suas dificuldades e entraves, para que quando se fizer necessário a contrarreferência se saiba que suporte os pacientes receberão na atenção básica. Objetivo: Analisar a rede da saúde auditiva em uma regional de saúde de SC. Metodologia: pesquisa descritiva com abordagem qualitativa que utilizou o universo de pessoas envolvidas com a saúde auditiva, foi utilizado um questionário como técnica de seleção dos sujeitos. Os participantes foram representantes da gestão envolvidos com o SASA e fonoaudiólogos. Os critérios de inclusão foram: atuar no Sistema Único de Saúde, aceitar participar da pesquisa, ter pelo menos três meses de experiência com atendimento e encaminhamento de usuários ao Serviço de Saúde Auditiva. Posteriormente eles foram convidados a participar de duas oficinas, na primeira foram apresentados os dados do questionário o que possibilitou a definição dos pontos chaves para a problematização e busca de soluções que aconteceu na segunda oficina. O método utilizado para o tratamento dos dados foi análise de conteúdo das falas, identificando-se as categorias. Resultados: por meio dos questionários identificou-se que 45,5% dos gestores está há menos de um ano na função. Os programas de maior abrangência são a triagem auditiva neonatal e a saúde do idoso, presentes em 63,5% dos municípios, enquanto que os programas saúde do escolar e do trabalhador somente em 36,5% dos municípios. Constatou-se que 82% dos pacientes não recebem acompanhamento na atenção básica e somente 54,5% dos municípios possuem Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Constatou-se que 81,9% dos fonoaudiólogos estão centralizados na atenção especializada. Os dados das discussões geradas nas oficinas foram analisados e categorizados, identificando-se que os problemas da rede acontecem na Entrada do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva; e no Retorno/ Saída do Serviço, onde foram definidas as seguintes categorias: Entrada no serviço: Diminuição no número de vagas para saúde auditiva; Ausência de médico otorrinolaringologista nos municípios; Ausência do Perfil Epidemiológico. Já no retorno/ saída do serviço de atenção à saúde auditiva foram identificadas as seguintes categorias: Falta de acompanhamento dos usuários nos municípios; Falta de Contrareferência; Papel da atenção básica e por fim a busca de soluções. Conclusão: A rede da saúde auditiva não está organizada para fornecer o acompanhamento dos usuários na atenção básica. Existe um fluxo rígido e vertical, o paciente com queixas auditivas é encaminhado para o serviço de referência.
Palavras-chave: Gestão, Rede de Atenção, Audição |