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63-3 | Avaliação comportamental e eletrofisiológica da audição em indivíduos gagos | Autores: | PRESTES, R.1 1 UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 2 UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: As alterações de fala e linguagem podem estar associadas com alterações no processamento da informação recebida via o sentido da audição. Estudos demonstraram que existe uma correlação entre o processamento das informações auditivas, as vias visuais e a dificuldade de linguagem expressiva, a qual pode ter manifestação na fluência da fala e ser caracterizada como gagueira. Para a avaliação dos processos neuroaudiológicos envolvidos na gagueira, pode-se realizar a avaliação comportamental do processamento auditivo, potencial evocado auditivo de curta e longa latência. Objetivo: Caracterizar e comparar as medidas eletrofisiológicas e comportamentais do processamento auditivo em indivíduos com e sem gagueira. Método: Foram selecionados 41 adultos (18 à 46 anos de idade), sendo 20 indivíduos diagnosticados com gagueira, com grau de severidade de muito leve à severo que foram comparados com indivíduos sem gagueira, de mesma escolaridade e gênero. Os indivíduos com gagueira realizaram avaliação específica da gagueira, e todos os indivíduos (com e sem gagueira) realizaram a avaliação audiológica (audiometria tonal, vocal, imitanciometria e pesquisa dos reflexos acústicos), avaliação comportamental do processamento auditivo, avaliação eletrofisiológica (potencial evocado auditivo de curta e longa latência). Os dados foram submetidos a análise estatística, com nível de significância 0,05. Utilizando os testes de Fisher, Mann-Whitney, Qui quadrado e McNemar. Resultados: Os indivíduos com gagueira apresentaram maior ocorrência de alterações no processamento auditivo, sendo os testes em que foram encontradas diferenças estatísticas significantes quanto a alteração foram teste dicótico não verbal na etapa de atenção livre e escuta direcionada à direita e à esquerda, o teste SSW, o teste de memória sequencial não verbal e o teste dicótico consoante vogal. Na avaliação do potencial evocado auditivo de curta latência os indivíduos com gagueira apresentaram maior ocorrência de alteração neste potencial, sendo a alteração mais encontrada de tronco encefálico baixo. Na avaliação do potencial evocado auditivo de longa latência, os indivíduos com gagueira apresentaram maior ocorrência de alteração, sendo a alteração mais encontrada a ausência do componente N2. Conclusão: Os indivíduos com gagueira apresentam maior ocorrência de alterações no processamento auditivo, no potencial evocado auditivo de curta e longa latência.
Palavras-chave: gagueira, audição, processamento auditivo |