Oral (Tema Livre)
AO012 | SAÚDE AUDITIVA NEONATAL EM UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
| Autores: | SABBAG, J.C.1, LACERDA, A.B.M.1 1 UTP - Universidade Tuiuti do Paraná |
Resumo: Resumo Simples
OBJETIVO: Caracterizar o fluxo e normas (protocolos) em Triagem Auditiva Neonatal em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo de natureza quantitativa frente à população de neonatos, de zero a um ano de idade, oriundos de berçários da região metropolitana de Curitiba, atendidos e cadastrados na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Coleta de dados, realizada por um ano (agosto de 2013 a junho de 2014), baseada na terceira via da Declaração de Nascido Vivo do Ministério da Saúde preenchida na maternidade com dados cadastrais de endereço e Ficha de Acompanhamento do Recém Nascido preenchida pela agente comunitária, de um total de 194 neonatos, amostra de 50 indivíduos, sendo realizadas visitas domiciliares com os agentes comunitários e avaliações na unidade básica de saúde. A coleta de dos foi aleatória. Entrevista com os pais ou responsáveis após consentimento por escrito, sobre fluxo de Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) previsto no protocolo de Diretriz de Atenção à Saúde da Criança Curitibana. As variáveis observadas foram: se houve ou não triagem auditiva neonatal, resultado do reteste nos neonatos que falharam na primeira testagem, encaminhamento para média/alta complexidade em deficiência auditiva, baseado em dados contidos na Caderneta de Saúde da Criança Curitibana.
RESULTADOS: A análise do acolhimento/acompanhamento nas maternidades e nos serviços de saúde do SUS, dos convênios médicos/particulares mostrou que: as maternidades realizam os exames recomendados, só não realizam busca ativa como previsto. Já atendimento de um dos convênios médicos não autoriza a realização de triagem auditiva neonatal na maternidade só após 14 dias em serviços próprios. Com relação a TANU: verificou-se que 76% realizaram no primeiro mês de vida, sendo que 92% realizaram na própria maternidade e 8% no ambulatório após alta. Da amostra 3 realizaram reteste falhando 1 que foi encaminhado para atendimento em média/alta complexidade.Nenhum necessitou de prótese auditiva ou implante coclear. Não fizeram a referida triagem: 6% porque a maternidade/hospital não tinha, 4% porque a saúde da criança não permitia e 4% dificuldades como convênio e 86% fizeram; estando abaixo dos indicadores da Diretriz de Atenção à Saúde Curitibana – TANU, 2012 de atendimento universal para todos os recém-nascidos e de realizar a triagem auditiva até primeiro mês de vida, encaminhamento para diagnóstico até o terceiro mês de vida e tratamento até os sexto mês se confirmada deficiência auditiva. Das consultas de pré-natal, 38% realizaram em clínica particular/convênio médico e 62% na unidade básica de saúde. Houve atuação conjunta dos Profissionais dos Núcleos de Apoio em Atenção Primária (NAAPS) fonoaudióloga e pediatra. Com relação às informações das famílias sobre TANU apenas 30 % as receberam.
CONCLUSÃO: O fluxo de atendimento em TANU estão em consonância com protocolos de saúde da criança curitibana, porém ainda não é universal e as ações em saúde auditiva mostram que está havendo integralidade de atendimento.Faltando treinamento para profissionais generalistas da Estratégia de Saúde da Família e orientações para familiares sobre detecção acompanhamento das deficiências auditivas encontradas.
Palavras-chave: Triagem Auditiva Neonatal, Estratégia de Saúde da Família, Integralidade |