Prêmio
123-2 | Análise comparativa dos limiares auditivos da Audiometria Tonal Liminar, dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico por estímulos click e tone burst e do Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável de sujeitos com e sem perda auditiva | Autores: | CAVALCANTE, J.M.S.1 2 FMRP-USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto |
Resumo: Resumo Simples
Exames audiológicos objetivos são importantes para a avaliação auditiva de sujeitos que não podem responder a testes comportamentais. As técnicas eletroacústicas e eletrofisiológicas são as ferramentas mais empregadas para identificar e caracterizar a perda auditiva nessa população e, dentre estas, se destacam os Potenciais Evocados Auditivos com estímulos clique e tone burst e, mais recentemente, o uso dos Potenciais Evocados Auditivos de Estado Estável. O uso da técnica mais adequada tornou-se um grande desafio para a clínica audiológica, uma vez que se faz necessário estimar o limiar auditivo por frequência específica e tornar o processo de diagnóstico eficaz para a seleção e programação dos aparelhos auditivos. Os objetivos deste estudo foram comparar, em sujeitos adultos, as respostas obtidas por meio dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico por estímulos clique e tone burst em 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 4000Hz e do Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável em 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 4000Hz e verificar a aplicabilidade clínica de cada técnica como ferramenta para o diagnóstico audiológico na estimativa dos limiares auditivos em indivíduos com audição normal e perda auditiva sensorioneural de diferentes graus. Foram avaliados 45 sujeitos, divididos em três grupos: Grupo A, constituído por 18 sujeitos com audição normal; Grupo B, composto por 12 sujeitos com perda auditiva sensorioneural de grau leve-moderado e o Grupo C, formado por 15 sujeitos com perda auditiva sensorioneural de grau severo-profundo. Os resultados mostraram que em sujeitos com audição normal e perda auditiva sensorioneural de grau leve-moderado, o exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulo tone burst mostrou-se mais eficaz para estimar os limiares comportamentais em frequências altas, enquanto que no Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável esse fato ocorreu para as frequências baixas. A estimativa dos limiares com o estímulo clique mostrou-se ineficaz devido à falta de especificidade de frequência deste estímulo, especialmente em perdas auditivas descendentes. Em pacientes com perda auditiva sensorioneural de grau severo-profundo, os limiares médios do Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável foram menores que os limiares comportamentais. Para o Potencial Evocado Auditivo com estímulo clique e tone burst vários sujeitos apresentaram ausência de registros. O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulo tone burst foi o exame que melhor estimou os limiares auditivos e a configuração da perda auditiva.
Palavras-chave: Audição, clique, Tone burst, perda auditiva, Potencial Evocado |