Poster (Painel)
P102 | A Triagem Auditiva Neonatal: o reteste em maternidade de alta precoce | Autores: | VENÂNCIO, M.C.1,2,3, ZUCKI, F.1,2,3 1 FOB/USP - Faculdade de Odontologia de Bauru, 2 SAMARITANO SP - Hospital Samaritano de São Paulo, 3 PROADI-SUS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é um instrumento capaz de identificar o risco para a deficiência auditiva (DA), e consequentemente, promover o início precoce do diagnóstico e a intervenção das alterações auditivas, permitindo à criança o desenvolvimento da compreensão e da expressão da linguagem, comparáveis com as crianças ouvintes da mesma faixa etária. Uma das maiores preocupações dos profissionais que atuam em programas de detecção precoce da DA está relacionada aos índices de retestes que ocorrem na TAN, uma vez que estes poderão comprometer a efetividade do programa, evidenciando a necessidade de diminuir cada vez mais esses índices. O índice de reteste na TAN apresenta-se então como uma temática relevante não só do ponto de vista acadêmico, mas que pode contribuir para a maior efetividade dos programas de prevenção e diagnóstico de problemas auditivos em recém-nascidos. Objetivo: Caracterizar os fatores que levam ao reteste da TAN realizada com emissões otoacústicas em maternidades de alta precoce. Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico em bases de dados eletrônicas do Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde, site de buscas Google e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. Na primeira etapa, foram analisados os títulos e resumos dos estudos encontrados, sendo os critérios de inclusão: abordar a TAN; índices de reteste na TAN; ser publicado em português; pertencer à categoria artigo, dissertação ou tese. Foram localizados 70 estudos. Após análise do título e resumo, 45 estudos foram selecionados para leitura completa, a fim de verificar se os mesmos efetivamente atendiam aos critérios de inclusão. Destes, 12 estudos atenderam aos critérios propostos e foram incluídos na revisão. Resultados: De acordo com a literatura os principais fatores que levam ao reteste em maternidades de alta precoce são: TAN realizada logo após o banho; a alta precoce ocorrer nas primeiras 24 horas de vida; presença de vérnix. As medidas sugeridas para diminuir estas intercorrências foram: orientações à equipe de enfermagem sobre a proteção da orelha no momento do banho; realização da TAN em maior intervalo de tempo após o banho; aplicação da manobra auricular facilitadora no momento do exame; limpeza do meato acústico externo antes da TAN; utilização do protocolo de TAN com EOEt e PEATE; realização da TAN após as 24h, antes da alta hospitalar. Conclusão: De acordo a presente revisão de literatura a TAN deve ser realizada antes da alta hospitalar, preferencialmente após 24 horas de vida, a fim de garantir uma maior efetividade do programa, minimizando assim fatores que podem influenciar os índices de reteste em maternidades.
Palavras-chave: Triagem Neonatal, Recém-Nascido, Audição, Alta do Paciente |