ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P052

Poster (Painel)


P052

Quais são as queixas de deficientes auditivos com curva audiométrica descendente usuários de AASI Open fit?

Autores:
SILVA, B.C.S.1,2, GUÇÃO, A.C.B.1,2, OLIVEIRA, J.R.M.1,2, ANDRADE, A.B.S.1,2
1 FOB/USP - Faculdade de Odontologia de Bauru da USP, 2 HRAC/USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A presença da deficiência auditiva específica em alta frequência (configuração descendente) tem aumentado muito atualmente, em decorrência, sobretudo, da exposição ao ruído, da presbiacusia e da ototoxicidade, ou a combinação destes fatores. Sabe-se que a adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), neste perfil, pode ser dispendiosa devido à possível presença de autofonia e efeito de oclusão. Visando minimizar e/ou suprir as dificuldades auditivas têm-se indicado à adaptação do AASI do tipo Open Fit. Apesar disso, o êxito neste processo depende, entre outros fatores, da satisfação dos indivíduos com os resultados do uso do dispositivo de amplificação. Objetivo: Caracterizar o perfil de indivíduos adaptados com AASI do tipo Open Fit e verificar as maiores queixas/problemas ocorridos. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo baseado na análise de 50 prontuários de indivíduos atendidos em um programa de saúde auditiva do Sistema Único de Saúde, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014, sendo 16 do gênero feminino e 34 do masculino, com a idade mínima de 23 anos e a máxima de 85 anos (média de 63,56). Para compor a amostra foram selecionados indivíduos com deficiência auditiva neurossensorial, com configuração audiométrica descendente, de grau leve a severo; usuários de AASI do tipo Open Fit (por período igual ou superior a 24 meses). Foram coletados os dados dos exames audiológicos, anamnese fonoaudiológica, bem como as informações descritas no período de adaptação e acompanhamento. Resultados: Dos 50 prontuários analisados 6(12%) dos indivíduos apresentaram deficiência auditiva neurossensorial unilateral e 44(88%) bilateral de grau leve em 35 (35%) das orelhas, moderado em 64 (64%) e severo em 1 (1%). A minoria dos indivíduos 15 (30%) apresentou queixas/problemas, desde o momento da seleção e verificação do benefício dos AASIs ao acompanhamento fonoaudiológico. As queixas pontuadas foram quanto à: presença de autofonia (2%), cefaléia e incômodo (2%), dificuldade de inserção/remoção (10%), sensação de AASI solto (4%), som fraco (4%), mau funcionamento (4%) e ausência de amplificação (2%). Não houve correlação registrada nos prontuários entre a dificuldade de inserção/remoção com problemas de destreza manual e/ou visual. Os problemas mais comumente encontrados foram em relação à higienização do AASI, no que concerne a receptores, filtros e olivas ocluídos parcial ou totalmente por cerume (20%). Conclusão: A maioria (70%) dos indivíduos adaptados não apresentaram queixas/problemas quanto ao uso, manuseio e cuidado (higienização) com o AASI do tipo Open Fit, o que reforça a sua indicação clínica eficaz para a deficiência auditiva em alta frequência.

Palavras-chave:
 Perda Auditiva, Auxiliares de Audição, Reabilitação