ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P053

Poster (Painel)


P053

RODA DE CONVERSA: ESTRATÉGIA PARA ORIENTAR E ACOMPANHAR USUSÁRIOS DE AASI

Autores:
ROSA, A.L.E.1, MAGNI, C.1, CONTO, J.1, GORSKI, L.P.1
1 UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Parintins é a segunda maior cidade do estado amazonense e a concessão de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), bem como todo o processo diagnóstico e o devido acompanhamento dos indivíduos com perda auditiva, é realizado pela Fundação Viva o Som, uma Organização Não Governamental, gerenciada pela empresa Oticon. Uma das dificuldades mais frequentes no processo de adaptação dos dispositivos de amplificação tem sido a evasão dos pacientes, o que acarreta no uso incorreto e até desistência, por parte dos usuários. Com a intenção de desenvolver uma estratégia de acolhimento para estes indivíduos, foi realizada uma metodologia de educação em saúde dialógica, denominada de “Roda de Conversa”. A informalidade desta metodologia gera um espaço democrático de aprendizagem que fomenta a inclusão e a cooperação dos interlocutores e participantes na construção do processo educativo. Objetivo: Conhecer os benefícios e limitações com relação ao uso do AASI de indivíduos residentes no município de Parintins e orientá-los quanto a estratégias para solucionar as dificuldades. Metodologia: Sete usuários de AASI, com idade acima de 50 anos, de ambos os sexos, foram convidados a participar da roda de conversa. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, após terem sido informados sobre o objetivo do encontro para a pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná na Fundação Viva o Som. A roda de conversa iniciava quando a pesquisadora propunha uma temática para discussão e os participantes, expunham suas experiências e suas frustrações livremente, cada um incitando o outro a ouvir e a dar a sua contribuição neste processo coletivo de compartilhamento. As temáticas abordadas foram: 1) descoberta e diagnóstico da deficiência auditiva; 2) a importância de usar um aparelho de amplificação sonora individual/ sua aceitação e aceitação de terceiros; 3) dificuldades e limitações com relação ao uso do aparelho auditivo; 4) rotina de uso do aparelho/ambientes e horários e 5) estratégias de comunicação. Resultados: A falta de conhecimento sobre a causa da perda auditiva foi relatada pela maioria dos participantes. A dificuldade de compreensão da fala foi relatada unanimamente, em diversos momentos do cotidiano, mas é ao mesmo tempo, o que mais os estimula a usar o AASI, devido à contribuição para uma melhor interação social. O desconforto a sons intensos, a dificuldade de adaptação com o molde e a colocação do AASI, foram as dificuldades mais comentadas. Os participantes utilizam o AASI por mais de oito horas por dia e a leitura orofacial é a estratégia mais utilizada para auxiliar na compreensão da fala. Conclusão: Este estudo concluiu que a roda de conversa possibilitou um ambiente de interação social muito acolhedor à população local, com a troca de experiências e vivências para o coletivo, resultando em uma metodologia apropriada para a efetivação da orientação e acompanhamento no processo de adaptação de AASI.

Palavras-chave:
 deficiente auditivo, auxiliares de audição, organizações nao governamentais