ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P055

Poster (Painel)


P055

PERFIL DA RECD DE IDOSOS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS

Autores:
SILVA, A.P.R.1, SENIS, R.C.S.1, PICCINO, M.T.R.F.1, SILVA, V.J.1, LANDRO, I.C.R.1, BLASCA, W.Q.1
1 FOB/USP - faculdade de odontologia de bauru

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: É conhecido que o processo de envelhecimento ocasiona modificações em nosso organismo. Da mesma forma ocorre com a orelha que pode ter sua anatomofisiologia alterada por conta das modificações senis nela encontradas. Assim, na orelha externa, especificamente no meato acústico externo (MAE), são comumente observados com o envelhecimento, acúmulo de cerume no canal, presença excessiva de pelos, além de fatores anatomofisiologicos como o colabamento do MAE, decorrentes da flacidez do epitélio que o reveste e também da rigidez de sua porção óssea. O MAE tem a função de amplificar e transmitir o som incidente para as orelhas média e interna e, portanto, qualquer modificação em suas estruturas pode interferir ou modificar as características do som que incide nesta orelha, podendo culminar em perda auditiva e, consequentemente, na dificuldade da percepção de fala, importante no processo de comunicação. Sabendo que o envelhecimento promove modificações nas dimensões e, por conseguinte, na fisiologia dessas orelhas em relação aos adultos, nos idosos é sugerida uma adaptação diferenciada e direcionada utilizando-se, por exemplo, a medida da RECD, que considera a individualidade dessas orelhas nas mesmas e não mais os parâmetros médios aplicados aos adultos, já que a orelha do idoso possui características específicas e, por isso, uma adaptação padrão poderia subestimar o ganho e o benefício que o aparelho auditivo (AASI) pode trazer a este indivíduo. Objetivo: Traçar o perfil da medida da RECD de indivíduos deficientes auditivos idosos, para verificar o comportamento das orelhas conforme a evolução etária. Métodos: Foi realizada a medida da RECD nas frequências de 250Hz a 8000Hz, de 33 idosos, os quais foram agrupados primeiramente por gênero para que fosse possível a análise dos resultados e comparação das medidas realizadas; posteriormente os dados foram analisados de acordo com a lateralidade da orelha estudada e finalmente foi feito o agrupamento das orelhas por faixa etária com a proposta de comparar o perfil da RECD nos diferentes grupos etários de 10 em 10 anos. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os gêneros, evolução etária e entre orelha direita e esquerda, porém, foi encontrada diferença numérica entre ambas e de acordo com a evolução etária, exceto a frequência de 2000Hz, com relação aos valores de RECD. Conclusão: Este estudo aponta para a necessidade da utilização de protocolos de verificação e validação como parte dos procedimentos de indicação e adaptação de AASI na população idosa considerando suas características senis. Ocorreram resultados numéricos significantes e não estatísticos, indicando a necessidade de um estudo com um número maior de sujeitos.

Palavras-chave:
 orelha externa, idoso, amplificação