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186-2 | A SELEÇÃO DO AASI NO DEFICIENTE AUDITIVO IDOSO, COMPARANDO O DESEMPENHO ENTRE A PROGRAMAÇÃO PADRÃO E A PROGRAMAÇÃO INDIVIDUALIZADA
| Autores: | SILVA, A.P.R.1 1 FOB/USP - faculdade de odontologia de bauru |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: A orelha externa, assim como as demais estruturas do organismo, sente os reflexos do processo de envelhecimento. Esse processo faz com que as estruturas se adaptem para continuarem a exercer suas funções. Tais transformações envolvem a anatomia e fisiologia das estruturas da orelha, destacando-se o meato acústico externo (MAE), onde ocorre o fenômeno do colabamento, uma característica anatômica que altera a captação e transmissão do som para as estruturas de orelhas média e interna. A alteração na transmissão do som culmina na perda auditiva, com prejuízo para a percepção de fala, em vista da dificuldade de discriminação dos sons, característica comum à população idosa. Assim, torna-se necessária a utilização de recursos para suprir essas dificuldades, sendo disponibilizados os aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), mediante a realização de procedimentos de seleção e verificação adequados, com a finalidade de tornar a adaptação personalizada. Desta forma, é proposta a adaptação individualizada no idoso, devido às particularidades anatomofisiológicas nas orelhas dessa população, que devem ser consideradas para o processo de seleção e verificação. Objetivo: Comparar o desempenho entre a programação padrão e a programação individualizada do AASI no deficiente auditivo idoso. Métodos: Participaram da proposta 30 idosos com deficiência auditiva neurossensorial, bilateral, simétrica e de grau moderado. Realizou-se a programação padrão, baseada nos dados prescritos e a programação baseada na mensuração da RECD. Posteriormente, foi realizada a verificação das duas programações por meio da mensuração da REAR e do teste de percepção de fala (HINT), a fim de se comparar o desempenho das mesmas. Resultados: Observou-se que, de maneira geral, na amostra, os idosos apresentaram melhores resultados em todas as situações de avaliação quando o AASI foi programado baseando-se na RECD obtida (PRECD), em comparação com a programação padrão (PP). Especificamente na avaliação da REAR, quando ocorreu o desmembramento da amostra pela alteração colabamento, ambos os grupos (orelhas com e sem colabamento), demonstraram melhores resultados numéricos, quando utilizada a programação individualizada (PRECD), porém sem significância estatística no grupo sem alteração (significância em 500 e 1000 Hz). Consequentemente, quando avaliada a amostra total, a PRECD obteve melhor desempenho, apresentando significância estatística. Da mesma forma, na avaliação do teste HINT, as respostas obtidas pelos grupos de indivíduos (com e sem colabamento) e na amostra total, seguiram a mesma tendência da avaliação da REAR. Assim, uma vez que os AASIs obtiveram melhor desempenho na avaliação da REAR com a programação PRECD, no teste HINT, esta mesma programação ofereceu melhores respostas de inteligibilidade de fala em todos os grupos. Conclusão: Os resultados mostram que mesmo em populações que não possuem características desviantes, deve ser considerada a abordagem individual no processo de seleção e verificação (PRECD), para evitar prejuízos na adaptação dos idosos.
Palavras-chave: RECD, IDOSO, REABILITAÇÃO |