Poster (Painel)
P058 | Qualidade de vida em idosos usuários de AASI. | Autores: | SANTOS, M.M.1, MARIANO, T.C.B.1, MONDELLI, M.F.C.G.1, PACCOLA, E.C.M.2 1 FOB/USP - Universidade de São Paulo/Faculdade de Odontologia de Bauru, 2 HRAC/USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais/USP |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: A perda auditiva relacionada à idade é denominada presbiacusia e é caracterizada por uma perda auditiva sensorioneural, bilateral e descendente. É determinada predominantemente por fatores genéticos, entretanto, pode ser influenciada por aspectos ambientais, como: ruído, drogas ototóxicas, álcool e diabetes. Uma alternativa para reabilitação destes casos é a adaptação do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), que auxilia na restauração da comunicação e interação com o meio ambiente, além de minimizar as dificuldades auditivas, melhorando a percepção da fala e a qualidade de vida dos indivíduos. Há vários tipos de AASI atualmente, porém não se sabe ao certo, qual destes modelos oferece maior qualidade de vida aos idosos. Objetivo: Verificar o tipo de AASI que oferece melhor qualidade de vida a essa população por meio do instrumento WHOQOL-bref. Metodologia: Aprovação do CEP protocolo nº 165.333. Participaram deste estudo 22 indivíduos com idade entre 63 e 88 anos, diagnosticados com perda auditiva bilateral sensorioneural. A amostra foi dividida em três grupos: GI: 15 indivíduos adaptados com AASI retroauricular, GII: 3 adaptados com AASI intracanal e GIII: 4 com adaptação aberta. Foi aplicado oralmente o instrumento WHOQOL-bref, o mesmo é formado por 26 questões compostas por duas gerais, associadas à qualidade de vida e 24 que representam cada uma das 24 facetas que constituem o instrumento original. Ele discrimina quatro aspectos: físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais. As respostas foram a partir das graduações: muito ruim, ruim, nem ruim nem boa, boa e muito boa ou muito insatisfeito, insatisfeito, nem satisfeito nem insatisfeito, satisfeito, muito satisfeito, dependendo do domínio o questionário apresenta as alternativas. Os indivíduos fizeram uso efetivo (uso igual ou superior a 8 horas diárias) do AASI por três meses, e após este período responderam novamente as questões. Resultados: A média de idade foi de 76,8 anos, com predomínio de mulheres (54,5%). Ao analisar a resposta do GI (15 indivíduos usuários de AASI retroauricular) observa-se que a pontuação máxima obtida na avaliação pós-adaptação foi no domínio das Relações Sociais (84,44) e a mínima foi em Ambiente (71,46). No G2 (3 indivíduos usuários de AASI intracanal) apresentaram a pontuação máxima na pós-adaptação em Relações Sociais (88,89), o valor mínimo foi encontrado no domínio Físico (67,86). No G3 (4 pacientes usuários de AASI de adaptação aberta) apresentaram na avaliação pós-adaptação uma pontuação máxima igual à 93,75 em Relações Sociais e mínima igual à 71,88 em Psicológico. Conclusão: uso efetivo do AASI, isto é, 8 horas diárias, favoreceu a qualidade de vida dos indivíduos avaliados, sendo que o G3 (adaptação aberta) apresentou maior resultados em relação a qualidade de vida.
Palavras-chave: Perda auditiva, Auxiliares de audição, Qualidade de vida |