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212-1 | As repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva. | Autores: | FERNANDES, T.F.S.1 1 HRAC/USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: As fissuras com envolvimento de palato constituem-se em uma malformação que envolve, além da estrutura labial (como no caso da fissura de lábio e palato simultâneos), às estruturas do palato mole e duro, podendo causar comprometimentos na comunicação oral, em virtude das alterações fonoarticulatórias e audiológicas, além de comprometimentos alimentares, odontológicos, estéticos, educacionais e psicossociais. Desta maneira, o processo de reabilitação destas deficiências deve contar com uma equipe interdisciplinar geralmente constituída pelas áreas: medicina, enfermagem, odontologia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, serviço social, fisioterapia, educação e terapia ocupacional. O profissional de Serviço Social intervém por meio de ações individuais e coletivas buscando um conhecimento aproximativo da realidade familiar, econômica, social e cultural bem como das repercussões sociais vivenciadas pelos pacientes e famílias decorrentes das fissuras labiopalatinas e dos distúrbios de comunicação associados. A partir da prática profissional da assistente social pesquisadora observou-se às repercussões sociais nos indivíduos com distúrbios da comunicação decorrentes das fissuras labiopalatinas nos âmbitos: familiar, escolar e comunitário e surgiu assim o questionamento se há ou não diferença das repercussões sociais nos indivíduos com fissuras labiopalatinas com e sem a perda auditiva associada. Objetivo geral do estudo: identificar as repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva. Objetivos específicos: caracterizar o perfil socioeconômico e cultural dos sujeitos; conhecer as relações familiares, escolares e sociais; e constatar se há utilização ou não de recursos comunitários como forma de apoio ao processo de reabilitação. Metodologia: este estudo foi realizado em um hospital brasileiro, vinculado a uma universidade pública e especializado em anomalias craniofaciais e deficiência auditiva. Teve como participantes crianças e adolescentes de 07 a 15 anos e 11 meses de idade, de ambos os gêneros, com fissuras de lábio e palato ou de palato isolado, com e sem perda auditiva associada e residentes no mesmo município do hospital. A pesquisa foi quanti-qualitativa e censitária (sem amostragem e, portanto, sem análise estatística), com um universo composto por 52 participantes, divididos em dois grupos: um constituído por 36 crianças e adolescentes com fissuras labiopalatinas e sem perda auditiva e, o outro grupo por 16 crianças e adolescentes com fissuras labiopalatinas e com perda auditiva associada. A análise dos dados foi descritiva e orientada pelos objetivos do estudo e referenciais teóricos. Resultados: Este estudo censitário contribuiu com a ciência por identificar as repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva e constatou que às repercussões socioeconômicas, familiares, educacionais e sociais são comuns aos grupos. Conclusão: As crianças e adolescentes com perda auditiva associada à fissura labiopalatina não estão em “desvantagem” no que se referem à realidade familiar, escolar e social em relação às que não têm o distúrbio de audição. Ambos os grupos vivenciam o acirramento de conviver com o comprometimento estético e funcional, causado pela anomalia e se habilitar em uma sociedade totalmente preocupada com a imagem e julgadora das diferenças.
Palavras-chave: Fissura palatina, Perda auditiva, Comunicação, Serviço Social |