ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: 218-1

Vídeo


218-1

A correlação entre o Potencial Evocado Auditivo do Estado Estável e respostas comportamentais em crianças com perda auditiva profunda

Autores:
GRANÇO, F.S.1
1 USP - Universidade de São Paulo

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A utilização do Potencial Evocado Auditivo do Estado Estável na avaliação audiológica infantil tem sido ampliada, devido à possibilidade de estimulação binaural com tons puros de forte intensidade, além da análise objetiva da resposta. Diversos estudos têm sido realizados a fim de caracterizar a correlação da resposta eletrofisiológica com os limiares comportamentais, contudo, ainda não há um consenso quanto à padronização dos valores obtidos em cada frequência com o potencial evocado auditivo do estado estável. Desta forma, existe a necessidade de verificar a viabilidade no uso do potencial evocado auditivo do estado estável em fornecer resultados confiáveis que possam ser utilizados na indicação da tecnologia a ser utilizada na reabilitação do indivíduo. Objetivo: Correlacionar os limiares dos potenciais evocados auditivos de estado estável com os níveis mínimos de resposta obtidos na audiometria condicionada com reforço visual ou lúdica em crianças com perda auditiva neurossensorial de grau profundo. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, no qual foram analisados 88 registros, realizados em crianças na faixa etária de seis a 49 meses, totalizando 168 orelhas. Sendo os resultados da audiometria com reforço visual ou lúdica e do Potencial Evocado Auditivo do Estado Estável os dados de interesse para o trabalho. Para a caracterização dos resultados foram realizadas análises estatísticas. Resultados: Foi observada correlação significante entre o limiar do Potencial Evocado Auditivo do Estado Estável e o nível mínimo de resposta para as frequências de 500 e 1000 Hz, porém não foi encontrada correlação significante para 2000 e 4000 Hz, não sendo possível estimar o nível mínimo de resposta para essas frequências. Nas frequências de 2000 e 4000 Hz ocorreu presença de resposta eletrofisiológica em forte intensidade, mesmo na ausência de resposta comportamental. Conclusão: Houve correlação estatisticamente significante entre os potenciais evocados auditivos do estado estável e a avaliação comportamental nas frequências de 500 e 1000 Hz, já nas frequências de 2000 e 4000 Hz não houve significância.

Palavras-chave:
 PEAEE, Avaliação comportamental auditiva, Perda auditiva