ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: 219-1

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219-1

Serviços de (re) habilitação auditiva para crianças usuárias de implante coclear e aparelho de amplificação sonora individual: perfil e caracterização no estado de São Paulo

Autores:
ZABEU, J.S.2,1
1 FOB-USP - Faculdade de Odontologia de Bauru- Universidade de São Paulo, 2 HRAC- USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: No Brasil, o governo federal vem adotando estratégias para ampliar a oferta e aperfeiçoar as ações voltadas para a reabilitação de crianças com deficiência auditiva. Porém, barreiras são encontradas permeando este processo, principalmente, dificuldades quanto ao funcionamento e organização da rede de cuidados em saúde. Desta maneira, ressalta-se a necessidade de estudos que avaliem a forma como a rede está funcionamento e a qualidade com que os serviços vêm sendo oferecidos. Objetivo: Pesquisar aspectos que permitam a reflexão quanto a (re) habilitação de crianças com deficiência auditiva após a adaptação dos dispositivos eletrônicos no Estado de São Paulo. Metodologia: Foi realizado o levantamento e caracterização dos diferentes serviços que realizam terapia fonoaudiológica voltada (re) habilitação auditiva no Estado de São Paulo, pelo Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) até abril de 2013. Participaram 57 serviços, para os quais foram encaminhados via email: 1.Questionário de “Avaliação da Rede de (Re) Habilitação Auditiva e Perfil dos Reabilitadores”; 2. Questionário de “Avaliação da qualidade dos serviços de saúde que oferecem terapia voltada a (re) habilitação auditiva à população infantil com deficiência auditiva e seu funcionamento sob a perspectiva do terapeuta e do gestor. Os resultados foram analisados de forma qualitativa e estatística descritiva, de acordo com cada tipo de serviços estudado. Resultados: Quanto à caracterização da população atendida, observou-se um total de 794 crianças em atendimento (maioria na faixa etária de cinco a oito anos), metade da amostra com deficiência auditiva de grau profundo e pré-lingual (90%), usuárias de aparelho de amplificação sonora individual, sendo que 28,97% são usuárias de implante coclear, o uso efetivo é feito por 76% da amostra. Para obter terapia 37,86% precisam viajar, 76% estão matriculadas em escola regular e 12,59% utilizam o sistema FM. Quanto à caracterização do perfil dos profissionais verificou-se que todos os profissionais possibilitam a participação da família e realizam sua orientação porém com frequências variáveis; metade da amostra não realiza orientação escolar; para parcela da amostra não é assegurado o acompanhamento audiológico da criança bem como não são aplicados teste de percepção de fala; apenas dois profissionais não investem em sua atualização profissional. Quanto a avaliação de qualidade dos serviços pelos profissionais verificou-se que o aspecto “Serviço de Diagnóstico” foi o melhor avaliado pelos Serviços Especializados enquanto que os profissionais dos serviços de atenção primária avaliaram mais positivamente o aspecto “Acesso” e os Centros, Hospitais e Instituições a “Competência Profissional”. Quanto à avaliação de qualidade na perspectiva do gestor foram levantadas dificuldades no funcionamento dos serviços e da rede de saúde auditiva, e propostas soluções. Conclusão: Apesar da limitação encontrada quanto aos sistemas de informação, com o estudo foi possível retratar os serviços do Estado de São Paulo que oferecem a terapia fonoaudiológica à população infantil usuária de dispositivos eletrônicos, bem como após a identificação destes serviços, caracterizar o perfil destas crianças em uma amostra dos serviços, além de verificar a qualidade dos mesmos na perspectiva dos profissionais que atuam no atendimento dessa população e dos gestores, responsáveis por administrarem seu funcionamento.

Palavras-chave:
 Centros de reabilitação, Terapia, Criança