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224-1 | Componente P1 do potencial evocado auditivo cortical nos primeiros meses de uso do implante coclear na desordem do espectro da neuropatia auditiva | Autores: | VICENTE, L.C.1 1 FOB-USP - Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo |
Resumo: Resumo Simples
O implante coclear tem sido considerado uma opção de reabilitação em pacientes com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva. Contudo, a sua indicação é relativamente recente, e, com isso, poucos estudos investigaram o desenvolvimento cortical nestes pacientes. Até o momento, não há estudos longitudinais que caracterizem o desenvolvimento do sistema auditivo central após a ativação do implante coclear. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o componente P1 do potencial evocado auditivo cortical nos primeiros meses de uso do implante coclear em crianças com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva. Participaram deste estudo oito crianças diagnosticadas com Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva, com perda auditiva pré-lingual de grau severo ou profundo e usuárias de implante coclear. A pesquisa do potencial evocado auditivo cortical foi realizada com o estímulo de fala /da/, apresentado em campo livre, em três sessões de avaliação: na ativação dos eletrodos, com três e com seis meses após a ativação do implante coclear. Os registros obtidos foram analisados pela pesquisadora e por um juiz experiente em eletrofisiologia a fim de verificar a concordância das análises. Houve concordância de 100% (Kappa=1) entre os juízes quanto à ocorrência do componente P1, com coeficiente de correlação interclasse excelente para os valores de latência e amplitude. Quanto à morfologia, o componente P1 caracterizou-se como um pico positivo robusto na primeira sessão de avaliação. O componente P1 foi registrado em 71,43% da casuística na primeira sessão, em 87,50 % na segunda e em 85,71% na terceira sessão de avaliação. Nos pacientes em que foi possível observar o componente P1 em todas as sessões de avaliação, observou-se uma redução da latência considerando o primeiro e último momento de avaliação, contudo, os resultados mostraram-se heterogêneos entre as crianças avaliadas. Assim, na pesquisa do componente P1 do potencial evocado auditivo cortical, não foi possível determinar um padrão de comportamento deste componente em crianças com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva nos seis primeiros meses de uso do implante coclear.
Palavras-chave: Implantes Cocleares, Perda Auditiva, Potenciais evocados auditivos |