Poster (Painel)
P088 | Ocorrência de perda auditiva em idosos e sua associação com as habilidades auditivas. | Autores: | BURITI, A.K.L.1, COSTA, N.T.O.1, PAZ-OLIVEIRA, A.1, CARMO, M.P.1, FONSECA, A.B.M.1, MAGRINI, A.M.1, MOMENSOHN-SANTOS, T.M.1 1 PUC-SP - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: Com o avançar da idade o indivíduo passa a apresentar deficiências no controle genético da produção de proteínas estruturais, enzimas e fatores tróficos, resultando em diversas doenças degenerativas próprias da idade. A presbiacusia uma das mais conhecidas doenças degenerativa do idoso que afeta a percepção auditiva, tanto periférica quanto central e que resultar em dificuldades para discriminar pistas acústicas, na compreensão da fala, dificuldades na decodificação fonêmica, na transmissão inter-hemisférica e na codificação dos estímulos verbais e não verbais. Objetivo: investigar a ocorrência de perda auditiva em idosos e verificar sua associação com o desempenho em testes que avaliam as habilidades auditivas. Método: foram avaliados 18 idosos que tinham queixa de dificuldade de ouvir, com média de 76,9 anos de idade, atendidos em um centro auditivo de São Paulo. O idoso respondeu a um questionário sobre a situação atual e pregressa de sua audição, sendo estas submetidas à avaliação audiométrica tonal e vocal, além dos testes de habilidades auditivas (dicótico de dígitos, teste de detecção de intervalo aleatório (RGDT) e fala no ruído). Foram respeitadas as orientações para pesquisa em seres humanos contidas na Resolução CNE N° 196/1996. Os achados foram analisados a partir da estatística descritiva. Resultados: Observou-se 100% da amostra com perda auditiva bilateral, sendo 88,8% (16) do tipo neurossensorial bilateral, apresentando maior ocorrência para perda auditiva simétrica de grau leve (38,9%), seguida da perda auditiva assimétrica de grau moderada (média 36,1%) e moderadamente severa (média 11,5%). Ao associar os resultados dos testes com a audiometria, foi observado alteração nas habilidades auditivas de integração e separação binaural, resolução temporal e fechamento auditivo, apresentando médias dos resultados alterados em todos os testes, respectivamente, 93,75% (15) para o dicótico de dígitos; 88,8% (16) para o RGDT, e para o teste de fala no ruído, observou-se alteração bilateral em 50% (9), 22,2% (4) para orelha esquerda e 5,5% (1) para orelha direita, sendo observada diferença estatisticamente significante (p<0,001) para ambas as variáveis. Conclusão: os resultados mostraram que todos os idosos avaliados apresentaram desempenho abaixo do normal nos testes de habilidades auditivas. Estes dados ressaltam a importância da avaliação das habilidades auditivas centrais em idosos candidatos a aparelho auditivo, pois o sucesso da adaptação pode estar relacionado à necessidade de treinamento auditivo para melhor aproveitar a amplificação sonora obtida com o aparelho.
Palavras-chave: Perda auditiva, Idoso, Percepção auditiva, audição |