ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P025

Poster (Painel)


P025

Aspectos psicológicos e comportamentais em idosos com perda auditiva.

Autores:
COSTA, N.T.O.1, BURITI, A.K.L.1, CARMO, M.P.1, PAZ-OLIVEIRA, A.1, MAGRINI, A.M.1, FONSECA, A.B.M.1, MOMENSOHN-SANTOS, T.M.1
1 PUC-SP - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos próximos 20 anos a população com mais de 60 anos irá triplicar. Essa situação gera a necessidade de uma atenção maior e mais específica da saúde dessa população. Entre as doenças mais comuns nessa população está a presbiacusia, que é o declínio da capacidade auditiva relacionado ao processo natural de envelhecimento. A perda auditiva associada ao envelhecimento provoca dificuldades de compreensão da fala, além de provocar outras alterações psicológicas e comportamentais que afetam sua interação social e qualidade de vida. Sendo assim, o isolamento social é percebido como um fator que pode desencadear quadros de depressão. Objetivo: Avaliar os aspectos psicológicos e comportamentais em idosos com perda auditiva. Metodologia: Como critérios de inclusão foram considerados: idade acima de 60 anos e presença de perda auditiva de qualquer grau. Os procedimentos realizados foram: anamnese audiológica; audiometria tonal, levando-se em consideração o grau de perda auditiva; e rastreio dos sintomas de depressão por meio da escala de depressão geriátrica (GDS). Resultados: A amostra foi composta por 18 idosos com idade entre 67 e 91 anos, sendo 13 (72,2%) do sexo feminino e 5 (27,8%) do sexo masculino. Foram evidenciados sinais de depressão em 5 idosos (27,8%), sendo que 1 (20%) apresentou perda auditiva leve, 3 (60%) perda auditiva moderada e 1 (20%) apresentou perda auditiva severa. Além disso, a tontura foi a queixa mais comum entre os casos com sintomas de depressão. Conclusão: neste estudo observou-se que a depressão aumentava nos idosos com perdas auditivas mais acentuadas, mostrando uma possível relação entre esses dois quadros. A Perda auditiva leva a um isolamento social que pode desencadear quadros depressivos. O sintoma tontura reportado por eles só tende a aumentar a insegurança e a vulnerabilidade, prejudicando ainda mais a qualidade de vida desta população. É importante conhecer o estado emocional dos idosos candidatos ao uso de aparelho auditivo para que o fonoaudiólogo possa intervir de forma adequada e garantir o sucesso do programa de adaptação do aparelho.

Palavras-chave:
 Idoso, Depressão, Perda auditiva, Audição