Poster (Painel)
P156 | Porcentagem de Consoantes Corretas em crianças com deficiência auditiva: influência do tempo de terapia, segundo o tipo de dispositivo auditivo | Autores: | SPLENDOR, L.1, AZEVEDO, M.F.1, BOTELHO, P.1, GIL, D.1 1 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: O conhecimento da porcentagem de consoantes corretas pode auxiliar o terapeuta em Audiologia Educacional avaliar a eficácia do plano de reabilitação estabelecido, visando à adequação do mesmo para melhor contemplar as necessidades do paciente, contribuindo assim para o sucesso terapêutico. Objetivo: Verificar a eficácia da terapia fonoaudiológica com abordagem aurioral em crianças com Deficiência Auditiva, segundo o tipo de dispositivo auditivo: Prótese Auditiva ou Implante Coclear, por meio do índice de porcentagem de consoantes corretas, comparados longitudinalmente com intervalo de 12 meses. Método: O Comitê de Ética e Pesquisa aprovou a realização desta pesquisa (192041/13). Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, participaram desta pesquisa 19 indivíduos, com deficiência auditiva, usuários de Prótese Auditiva ou Implante Coclear, com idade entre 03 e 11 anos e em terapia fonoaudiológica. Foram aplicadas as provas de fonologia do ABFW (nomeação e imitação) e amostra de fala espontânea, utilizados para o cálculo da porcentagem de consoantes corretas. Todos os procedimentos foram aplicados e reaplicados, num intervalo de 12 meses. Foram ainda verificadas as mudanças de dispositivo auditivo, tempo de uso diário do dispositivo auditivo e a frequência dos pacientes nas sessões de terapia durante o período estabelecido. Estabeleceu-se para este estudo um nível de significância de 5% (p-valor 0.05). Resultados: Dos indivíduos selecionados, seis eram usuários de implante coclear e 13 de prótese auditiva bilateral. O grau da perda auditiva variou de moderado a profundo bilateral. Quanto à comparação do índice da porcentagem de consoantes corretas (PCC), após 12 meses de terapia, verificou-se que os usuários de implante coclear apresentaram um ganho de PCC (médio) maior do que os usuários de prótese auditiva, uma média de 21,3% contra 9,8%. Nas provas do ABFW, a prova em que se observou maior diferença entre os indivíduos segundo o tipo do dispositivo, após 12 meses, foi imitação, na qual os usuários de implante apresentaram melhora média de 15,62 % contra 8,09% para os usuários de prótese auditiva, na prova nomeação, os usuários de implante apresentaram melhora de 22,63% e os usuários de prótese auditiva de 15,74% e por fim na amostra fala espontânea observou-se diferença de melhora de 6,81% entre os implantados e os usuários de prótese auditiva. Observou-se associação entre o aumento do PCC com a frequência em terapia, indicando que quanto maior a frequência em terapia, maior o ganho de PCC. Cabe ressaltar que os usuários de implante coclear foram mais assíduos em relação à terapia quando comparados aos usuários de prótese auditiva. Conclusão: À partir da comparação do índice de porcentagem de consoantes corretas, conclui-se que a terapia fonoaudiológica com abordagem aurioral em crianças com deficiência auditiva é eficaz e que as crianças com implante coclear apresentam uma melhora mais significativa em sua produção oral, após 12 meses de intervenção, quando comparadas às crianças usuárias de prótese auditiva.
Palavras-chave: perda auditiva, percepção auditiva, desenvolvimento infantil |