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P113 | Análise da contribuição das incertezas padrão dos tipos A e B na expressão da incerteza de medição da audiometria de tons puros segundo Anexo A da ISO 8253-1:2010 | Autores: | SILVA, D.T.C.1, LEWIS, D.R.1 1 PUC/SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2 PUC/SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: A Norma ISO 8253-1 foi reformulada em 2010, agregando o Anexo A sobre Incerteza de Medição. Considerando variáveis atribuídas ao exame de audiometria de tons puros que podem influenciar no resultado deste, a Norma propõe um modelo funcional para expressar a Incerteza de Medição na determinação do limiar auditivo de cada frequência por meio de uma equação que considera como grandezas de entrada desvios do desempenho nominal do audiômetro utilizado; incertezas devido ao uso de determinado tipo de transdutor e sua colocação; condições ambientais não ideais, especialmente o ruído ambiental; ruído do mascaramento não otimizado; falta de qualificação e experiência do examinador; falta de cooperação e respostas não confiáveis do sujeito testado; e problemas especiais oriundos de situação extraordinariamente difícil de medir. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar a contribuição das incertezas padrão dos tipos A e B na expressão da incerteza de medição da audiometria de tons puros segundo a ISO 8253-1:2010, com a finalidade de verificar o impacto que a expressão da incerteza de medição traz para a Audiologia. Metodologia: A fim de estimar a incerteza padrão do tipo A foram selecionados, para este ensaio piloto, três participantes de pesquisa submetidos à avaliação prévia de condições físicas e medidas de imitância acústica. Os ensaios de repetibilidade de audiometria tonal limiar por vias aérea(250Hz a 8kHz) e óssea(500Hz a 4kHz) foram realizados de acordo com o procedimento de medição descrito na ISO 8253.1:2010, utilizando audiômetro do Tipo 1 calibrado na Rede Brasileira de Calibração(RBC). Para caracterizar a repetibilidade utilizou-se o mesmo procedimento de medição, operador, sistema de medição, condições de operação e mesmo local nas cinco medições repetidas em três intervalos de tempo considerados curtos (05 minutos, 60 minutos, e 24 horas). No cálculo das incertezas combinada e expandida considerou-se como grandezas de entrada/variáveis a Incerteza do tipo A(desvio padrão da repetibilidade), e as Incertezas do tipo B(certificado de calibração do audiômetro, resolução do audiômetro, e condições do ambiente de teste), assumindo-se que incertezas decorrentes do tipo de transdutor são intrínsecas ao certificado de calibração, e que potenciais incertezas derivadas da resposta do sujeito, experiência do examinador e colocação de fones são intrínsecas à Incerteza do tipo A derivada da repetibilidade. Resultados: Analisando-se, em conjunto, os dados dos participantes deste ensaio piloto, a Incerteza do tipo A variou de 0dB a 3,4dB, para via aérea, e de 0dB a 3dB, para via óssea nos diferentes intervalos de tempo entre as repetições. As incertezas do tipo B foram de 0,4dB(certificado de calibração do audiômetro), 1,4dB(resolução do audiômetro), e 2dB(condições ambientais do ambiente de teste). Para um intervalo de confiança de 95,45% a Incerteza Expandida variou de 5dB a 8,4dB nos diferentes ensaios realizados. Conclusão: Devido ao controle do ambiente de teste, e à qualidade do equipamento utilizado neste ensaio, a contribuição das incertezas do tipo B foi a mais restritiva possível, indicando a necessidade manter-se controle sobre estas variáveis, com vistas à confiabilidade do resultado audiométrico em face à sua larga utilização nas esferas sanitária, trabalhista e previdenciária.
Palavras-chave: Audiometria de tons puros, Incerteza de Medição, ISO 8253-1:2010, Confiabilidade, Incertezas Padrão Tipo A e Tipo B |