Poster (Painel)
P035 | Queixas Otoneurológicas em Escolares | Autores: | PEREZ, M.L.D.1, LEMOS, N.F.D.2, APRILE, M.R.1, BRANCO-BARREIRO, F.C.A.1 1 UNIAN - Universidade Anhanguera de São Paulo, 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo |
Resumo: Resumo Simples
Crianças acometidas por distúrbios vestibulares podem ter o equilíbrio corporal comprometido e podem relatar sintomas como tontura, enjôo ou tontura ao movimento, zumbido e dificuldade para ouvir. Pela dificuldade da criança em descrever essas sensações, os distúrbios vestibulares deixam de ser identificados pelos pais e professores. Os distúrbios da linguagem oral e escrita podem ser consequência do comprometimento da postura corporal, equilíbrio físico e coordenação motora, que dificultarão as relações espaciais, alterando a aprendizagem da criança e sua habilidade de comunicação. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de queixas otoneurológicas em escolares. Os objetivos específicos foram investigar a prevalência de queixas otoneurológicas de acordo com gênero, idade, tipo de escola e desempenho em avaliação de leitura e escrita, bem como verificar a existência de associação entre a presença de queixas e desempenho em avaliação de leitura e escrita. A amostra deste estudo foi composta por 55 escolares de ambos os sexos, entre nove e 11 anos, que cursavam a 4ª série do ensino Fundamental I em escolas públicas e particulares da zona norte da cidade de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram um questionário sobre queixas otoneurológicas, respondido pelos próprios escolares e uma avaliação de leitura e escrita por meio de reconto de texto selecionado de acordo com a escolaridade. O desempenho nesta avaliação foi classificado como satisfatório ou insatisfatório, dependendo da produção escrita subsequente. Neste estudo foi encontrada pelo menos uma queixa otoneurológica em 80% dos escolares, sendo que as queixas mais frequentes foram enjôo ou tontura ao movimento (56,3%) e desequilíbrio corporal (40,0%). 56,4% dos escolares relataram mais de dois sintomas e 40,0%, mais de três sintomas. Na avaliação de leitura e escrita, 41,8% dos escolares apresentaram desempenho satisfatório, enquanto 58,2% apresentaram desempenho insatisfatório. Dos alunos com pelo menos uma queixa otoneurológica, 56,8% apresentaram desempenho escolar insatisfatório. Por outro lado, o mesmo desempenho insatisfatório foi atingido por 63,6% dos alunos que relataram não ter qualquer queixa. Portanto, foi encontrada alta prevalência de queixas otoneurológicas nos escolares estudados, sendo o enjoo ou tontura ao movimento a queixa mais freqüente. Não foi encontrada associação significante entre a presença de sintomas otoneurológicos e gênero, idade e desempenho em avaliação de leitura e escrita. Porém, os alunos da escola pública apresentaram desempenho significantemente pior na avaliação de leitura e escrita do que os de escola particular.
Palavras-chave: criança, doenças vestibulares, leitura, aprendizagem |