Poster (Painel)
P163 | Avaliação do vocabulário receptivo de crianças usuárias de implante coclear. | Autores: | CAMPOS, P.D.1, JACOB, R.T.S.2, VENTURA, L.M.P.3, ALVARENGA, K.F.2,3, MORET, A.L.M.2,3 1 FOB/USP/CAMPUS BAURU - Pós-Graduação Fonoaudiologia Faculdade Odontologia de Bauru, 2 FOB/USP/CAMPUS BAURU - Depto. Fonoaudiologia Faculdade de Odontologia de Bauru, 3 HRAC/USP/CAMPUS BAUR - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofacias |
Resumo: Resumo Simples
Introdução: A audição está diretamente relacionada à linguagem oral e à interação do indivíduo com o ambiente e seus pares. Possibilita o acesso auditivo aos sons da fala, favorece a aprendizagem, e por meio da via auditiva a criança poderá atribuir significados aos sons percebidos e consequentemente adquirir a linguagem oral. O diagnóstico da perda auditiva precoce é indispensável para o desenvolvimento das habilidades auditivas e linguagem oral próxima à normalidade. A linguagem oral é necessária para a adequação da criança implantada em escola regular, visto que, as informações são transmitidas oralmente pelos professores. O principal objetivo do implante coclear (IC) é proporcionar o acesso auditivo e a percepção auditiva dos sons da fala, a fim de favorecer a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral em crianças e trazer melhor comunicação também para os adultos entre os pares ouvintes. A literatura mostra que a idade na cirurgia influencia no desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva, porém, o principal fator para sucesso no prognóstico é a participação familiar na linguagem expressiva, receptiva e vocabulário receptivo. O Teste de Vocabulário por Imagens Peabody (TVIP) é frequentemente utilizado para avaliação do vocabulário receptivo de usuários de IC. Estudos mostram que o vocabulário receptivo das crianças e adolescentes usuários de IC encontram-se aquém da normalidade quando comparados a seus pares ouvintes com mesma idade cronológica, porém deve-se considerar a idade auditiva (idade cronológica menos a idade na cirurgia do IC) dessa população, pensando na audição como pré-requisito para o desenvolvimento da linguagem oral. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de avaliar o vocabulário receptivo de crianças e adolescentes usuários de implante coclear. Metodologia: Por meio do TVIP foram avaliados 17 crianças e adolescentes usuários de IC, reabilitados com linguagem oral e inseridos em escola regular. Composto por 125 itens com quatro figuras em cada página, a criança/adolescente deveria indicar a figura correspondente à palavra dita pelo examinador no TVIP. O escore padrão é obtido através da subtração dos erros obtidos no total de itens analisados entre base e teto. A pontuação média considerada é 100 com desvio padrão (DP) de 15 pontos. Resultados: Ao analisar os escores obtidos pelos participantes segundo a idade cronológica, observou-se uma média de 64,8 (DP=25,3), ou seja, três DP abaixo da normalidade do teste. Na categorização da pontuação 23,5% não conseguiram a pontuação mínima necessária, 76,5% foram categorizados entre as classificações baixa inferior e média. Na mesma análise, porém considerando a idade auditiva os participantes tiveram uma pontuação média de 86,4 (DP=20,2), apenas um DP abaixo da média da normalidade. Quando categorizados de acordo com a pontuação, 17,6% estavam acima da média, 17,7% na média, 58,8% abaixo da média e apenas 5,9% não conseguiram pontuação mínima para categorização. Conclusão: Os participantes se encontram aquém da pontuação esperada no TVIP como normalidade, porém, ao avaliar usuários de IC é preciso considerar a idade auditiva para melhor caracterizar o desenvolvimento do vocabulário receptivo.
Palavras-chave: Implantes Cocleares, Linguagem, Vocabulário |