Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL AUDIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM DISTÚRBIO PRIMÁRIO DE LINGUAGEM
Pereira, A.E. ; Gonçalves, L.F. ; de Paiva, K.M. ; Haas, P. ; Blanco-Dutra, A.P. ;


Introdução: As alterações primárias de linguagem englobam desordens na articulação, que resultam em emissão oral alterada de um ou mais fonemas; desordens na aquisição e no desenvolvimento da linguagem oral, que comprometem a aquisição, compreensão e expressão; e, por fim, desordens na aquisição e no desenvolvimento da linguagem escrita. Objetivo: verificar evidências científicas do perfil audiológico de crianças com distúrbio primário de linguagem. Metodologia: A busca por artigos científicos foi conduzida por dois pesquisadores independentes nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO, Cochrane Library e Scopus, sem restrição de idioma, período e localização. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinza no Google Scholar. A revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram incluídos na pesquisa estudos que obtiveram pontuação ≥ a 6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa proposto por Pithon et al (2015). Resultados: Do grupo de pacientes n=1524 crianças, (62,87%) apresentaram comprometimento de linguagem primário. Houve associação estatisticamente significativa entre comprometimento primário de linguagem e perfil audiológico alterado. Indivíduos com perfil audiológico atípico tiveram 63% mais chance de apresentar comprometimento primário de linguagem quando comparados aqueles com perfil audiológico normal. Conclusão: O diagnóstico e tratamento precoces de distúrbios auditivos e de fala e linguagem são caracterizados como essenciais, pois podem promover melhor qualidade de vida para a criança. Destaca-se a importância das ações fonoaudiológicas no que diz respeito à terapia e aperfeiçoamento da linguagem oral e escrita, a fim de auxiliar nas práticas de prevenção e promoção de saúde.

1. Leite RFP et. al. Triagem auditiva de crianças com síndrome congênita pelo vírus Zika atendidas em Fortaleza, Ceará, 2016. Epidemiol. Serv. Saude. 2018; 27:e2017553
2. Oliveira PS, Penna LM, Lemos SMA. Desenvolvimento da linguagem e deficiência auditiva: revisão de literatura. Rev. CEFAC. 2015; 17: 2044-2055.
3. Pereira MB, Befi-Lopes DM, Samelli AG. Association between audiological profile and primary language impairment in children. International. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2015; 79: 53-57.
4. Lindau TA, Delecrode CR, Cardoso ACV. Tympanometric findings in a group of students. Rev. CEFAC. 2013; 15: 1453-1460..
5. Costa, LD, Quinto SMS, Didoné DD, Rechia IC, Garcia, MV, Biaggio EPV. Audição e linguagem em crianças nascidas a termo e pré-termo. Audiol., Commun. Res. 2016; 21: 1-7.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.213
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/36eia/anais-trabalhos-consulta/213