INSTRUMENTOS DE MENSURAÇÃO DO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS – REVISAO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Pereira, J.V.B. ;
Amaral, M.I.R. ;
INTRODUÇÃO:O envelhecimento tornou-se um dos fenômenos do século XXI, aumentando a busca por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A queixa de tontura é um dos sintomas mais frequentes em idosos, podendo acometer a mobilidade funcional e aumentar o risco de quedas, sendo que evidencias demonstram maior vulnerabilidade e ocorrência de quedas em idosos institucionalizados. Existem diferentes instrumentos na prática clínica aplicados com a finalidade de mensurar (e prevenir) o risco de quedas, porém poucos estudos discutem as especificidades dessa mensuração em idosos de ILPI. OBJETIVO: sintetizar e analisar os achados da literatura a partir da pergunta norteadora “Quais os instrumentos /protocolos clínicos mais utilizados para mensurar o risco de queda em idosos institucionalizados?”. MÉTODO: realizou-se uma revisão integrativa da literatura, a partir dos seguintes critérios de seleção: período de publicação de 2010 a 2020, em português, inglês e espanhol, disponíveis integralmente nas bases de dados PubMed e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). A buscou ocorreu por dois pesquisadores de forma independente, a partir do cruzamento dos seguintes descritores indexados: Instituição de Longa Permanência para Idosos (Homes for the Aged, Hogares para Ancianos), Saúde do Idoso Institucionalizado (Health of Institutionalized Elderly, Salud del Anciano Institucionalizado), Fatores de Risco (Risk Factors, Factores de Riesgo) e Acidentes por Quedas (Accidental Falls, Accidentes Caídas). Foram excluídos artigos com amostra de idosos da comunidade, hospitalizados ou não institucionalizados, artigos de revisão, teses, dissertações ou artigos duplicados. Após aplicar os critérios descritos, 15 artigos foram incluídos na amostra final. RESULTADOS: Os estudos utilizaram, em sua maioria, escalas e testes funcionais não instrumentados, sendo que a maioria aplicou protocolo único (11 estudos) e 4 estudos associaram mais de uma medida. Foi identificada uma grande variabilidade de protocolos, sendo que o Timed Up and Go Test foi a medida mais utilizada em 4 estudos, sendo 02 deles em associação com outras medidas funcionais e/ou cognitivas. 01 estudo aplicou uma ferramenta direcionada originalmente para idosos hospitalizados e discutiu as limitações em decorrência disso. 05 estudos correlacionaram um instrumento/escala funcional com uma medida de rastreio cognitivo e discutem maior sensibilidade para a prevenção de quedas ao considerar essa variável nessa população. CONCLUSÃO: não há um consenso, tanto no cenário nacional quanto internacional quanto ao protocolo clínico a ser utilizado para mensurar o risco de queda em idosos institucionalizados. É frequente a associação de mais de uma medida, além do rastreio cognitivo, com o objetivo de aumentar a sensibilidade do protocolo e embasar medidas preventivas nessa população.
PERRACINI, MR; RAMOS, LRR. Fatores associados a quedas em uma coorte de idosos residentes na comunidade. Rev Saúde Pública 2002;36(6):709-16. Disponível em:
MORAES, SA,; SOARES WJ; RODRIGUES RA; FETT, WC; FERRIOLLI, E; PERRACINI, MR. Dizziness in community-dwelling older adults: a population-based study. Braz J Otorhinolaryngol. 2011 Nov-Dec;77(6):691-9. Disponível em:
BAIXINHO, C. L.; BERNARDES, R. A.; HENRIQUES, M. A. Como avaliar o risco de quedas em idosos institucionalizados?. Rev baiana enferm (2020); 34:e34861. Disponível em:
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