POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO (PEATE) EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Silva, J. Q. ;
Melo, V. K. R. ;
Evangelista, E. K. B. ;
Silva, A. N. S. ;
Cabral, A. M. L. ;
Lima, L. R. S. ;
Fernandes, S. F. S. ;
Lins, I. P. S. ;
Santos, T. O. N. ;
Grilz, S. M. S. ;
Introdução: A Síndrome de Down é um distúrbio genético onde tem ocorrência atípica na divisão celular, resultando em um material genético extra no cromossomo 21. Nesses indivíduos é comum a presença de perda auditiva e um processamento auditivo precário o qual impacta no desenvolvimento negativo da linguagem e vida cotidiana. Nesse contexto, o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é uma medida não invasiva o qual estabelece o mínimo nível de resposta eletrofisiológica auditiva para avaliar o sistema auditivo e verificar se existe algum tipo de perda auditiva e localização da lesão, sendo assim, excepcional para este fim. Objetivo: Descrever os principais resultados do PEATE em crianças com Síndrome de Down. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada durante maio de 2021, por meio da seguinte pergunta norteadora: Quais os primordiais resultados do PEATE em crianças com Síndrome de Down?. Foram utilizadas as principais bases de dados eletrônicas: SicELO, ScienceDirect, Google acadêmico, PubMed e a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) que dá acesso a artigos da MEDLINE e do LILACS. Para a busca utilizamos uma única chave em todas as bases: “Evoked Potentials, Auditory, Brain Stem” OR “PEATE” AND “children” AND “Down Syndrome”, sendo estas extraídas da plataforma dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram incluídos, artigos com descrição de pacientes humanos e crianças com síndrome de down, com faixa etária de até doze anos de idade, submetidos a exame de PEATE. Além disso, foram exclusos aqueles que eram revisão de literatura; capítulos de livros; Trabalhos de Conclusão de curso, dissertação e teses; estudos realizados em animais; trabalhos duplicados e os que não eram objetivo deste presente trabalho. Resultado: Inicialmente foram encontradas 1.854 publicações. Após leitura de títulos e resumos ficaram 10 estudos e, após e exclusão das duplicatas e artigos que não se enquadravam nos critérios de elegibilidade, ficaram seis artigos para inclusão nesta revisão. Todos os estudos foram do tipo longitudinal e caso-controle, publicados entre os anos de 1983 e 2005. Resultados apontam que latência absoluta da onda I pode ser prolongada, o que pode ser causada por fisiopatologia na orelha média ou no nervo auditivo. A onda V, na maioria dos estudos, apareceu com sua latência absoluta dentro encurtada, atingindo sua normalidade por volta dos 12 meses de vida, sugerindo, assim, que a onda V muda ao longo da idade em bebês com a síndrome de Down. Num outro estudo, foi observado latências absolutas para as ondas III e V, ocasionando encurtamento das latências dos intervalos interpicos I-III e I-V. Conclusão: O PEATE em crianças com Síndrome de Down é de extrema importância para que ocorra uma detecção precoce de distúrbios auditivos e assim, ocorrer uma audição acertada e resultar em um melhor desenvolvimento. Observa-se grande lacuna de estudos no que diz respeito ao PEATE em crianças com Síndrome de Down, o que sugere a continuidade da realização de estudos nessa população.
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