Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EFETIVIDADE DA REABILITAÇÃO AUDITIVA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: GRUPOS DE ADESÃO FAMILIAR
Araujo, J. C. ; Souza, J. L. ; Versolatto, MC. M. ; Mendes, B. C. A. ; Novaes, B. C. A. C. ;

Titulo:
EFETIVIDADE DA REABILITAÇÃO AUDITIVA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: GRUPOS DE ADESÃO FAMILIAR
Resumo:
Introdução: Com a implantação da Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) o número de bebês com diagnóstico precoce de deficiência auditiva nos primeiros anos de vida tem crescido a cada ano. O impacto na família e a formação de profissionais para lidar com as elas nesse período requerem ações específicas, particularmente no que se refere a método clínico e técnicas terapêuticas na primeira infância. Grupos de pais e o envolvimento familiar tem sido uma das estratégias de intervenção com essa população para melhor efetividade da reabilitação auditiva em bebês e crianças com deficiência auditiva de 0 a 3 anos. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi verificar a efetividade da reabilitação auditiva quando realizados grupos de adesão familiar paralelamente ao processo de adaptação de AASI e terapia inicial, monitoramento nos retornos para acompanhamento de crianças com deficiência auditiva nos primeiros anos de vida, em um CER II da Rede Municipal de Saúde de São Paulo. Metodologia: Aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (nº 1.308.880), este estudo teve como sujeitos 17 crianças com deficiência auditiva de 0 a 3 anos, que iniciaram o processo de seleção e/ou adaptação de AASI no período de coleta da pesquisa, e seus pais e/ou responsáveis. Resultados: O resultado demonstrou a dificuldade da família diante de uma rotina e de contratempos que dificultam a comparecer ao serviço para a terapia e o grupo de orientação. Evidenciou também que as famílias que moram mais longe do serviço tiveram uma menor porcentagem a frequência ao grupo, e as crianças que possuem perda moderada e as crianças mais velhas tiveram um porcentual maior de frequência nas sessões. Os dados sugerem que o grupo de pais e a interação com outras famílias foram facilitadores para a mobilização das famílias para a busca de serviços perto de sua residência. Conclusão: Quanto mais próximo ao final do diagnóstico for o início dos encontros, maior a possibilidade de adesão aos grupos. A distância do serviço/tempo de deslocamento representou barreira na frequência das famílias nos grupos. Houve uma tendência de maior frequência nas famílias com crianças mais velhas, talvez dada à dificuldade de transporte com bebês de colo. Quanto ao uso do AASI, as mães que permanecem em casa com a criança apresentaram um maior número de horas com AASI por dia. As famílias que não aderiram ao grupo são de mães mais velhas e com mais de 2 filhos. A efetividade da contra- referência foi maior para as famílias que aderiram ao grupo (90%), o que sugere que a necessidade de intervenção foi entendida pelas famílias.
Palavras-chave: perda auditiva, família, auxiliares de audição, grupo de pais.

Referência bibliográfica:
1. Youssef BC, Mendes BCA, Novaes BCAC, Costa EC, Ficker LB. Efetividade na adesão a reabilitação auditiva em crianças: Grupo de Adesão Familiar e terapia inicial. REVISTA DISTURBIOS DA COMUNICAÇÃO. v.29, p.734 - 748, 2017.

2. Rabelo GRG, Melo LPF. Orientação no processo de reabilitação de crianças deficientes auditivas na perspectiva dos pais. Rev CEFAC. v.18, n.2, p.362-436, mar-abr, 2016.


3. Miguel JHS, Novaes BCAC. Reabilitação auditiva na criança: adesão ao tratamento e ao uso do aparelho de amplificação sonora individual. ACR. v.18, n.3, p.171-8, 2013.

DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.348
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/36eia/anais-trabalhos-consulta/348