"ESTUDO DA ABSORVÂNCIA ACÚSTICA DE BANDA LARGA NA FASE PRÉ-OPERATÓRIA DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À ADENOAMIGDALECTOMIA"
Silva, I.V. ;
Sanches, A.B. ;
Colella-Santos, M.F. ;
Introdução: A adenoamigdalectomia, cirurgia para retirada das tonsilas palatinas e/ou faríngeas, é considerada o procedimento cirúrgico mais comum realizado por otorrinolaringologistas, especialmente, em crianças. No que cerne à audição, a hipertrofia das tonsilas é um fator extrínseco relevante e que deve ser considerado na primeira infância, pois este quadro obstrutivo pode ser determinante para o surgimento de otites médias (OM), e, consequentemente, de alterações auditivas. Alterações auditivas em
crianças podem acarretar em prejuízos no desenvolvimento do aprendizado na área educacional, da linguagem, e, principalmente, das potencialidades do ser humano - incluindo sua integração à vida social. Objetivo: Investigar a audição periférica com enfoque na absorvância acústica de banda larga (ABL), de crianças com indicação para realização de cirurgia de adenoamigdalectomia, na modalidade de retirada de tonsilas faríngeas e/ou palatinas em um único procedimento. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo, transversal, de caráter descritivo, e parte de um projeto maior denominado: “Um estudo sobre crianças respiradoras orais submetidas à adenotonsilectomia”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o parecer Nº 2.496.052. A amostra (GE) foi constituída por 20 crianças entre 5 a 12 anos, do sexo feminino e masculino, com indicação otorrinolaringológica para retirada de tonsilas palatinas e/ou faríngeas em um único procedimento e cirurgia de adenoamigdalectomia previamente agendada antes da avaliação audiológica. Foram aplicados os seguintes procedimentos: avaliação audiológica básica compreendendo: meatoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria,(LRF e IRF) e Imitanciometria de Banda Larga, obtendo-se a curva timpanométrica e medidas de ABL (250 a 8000Hz) na condição de pressão ambiente (PA) e pico de pressão (PP), considerando as variáveis orelha direita (OD) e esquerda (OE). Resultados: Do total da amostra, apenas 1 criança (5%) apresentou perda auditiva do tipo condutiva, de grau leve, bilateralmente. Na timpanometria com o tom de sonda de 226Hz, verificou-se que 20% das OD testadas apresentaram curva timpanométrica do tipo Ar, 10% curva C, 5% curva B e 65% curva A. Dos 65% de orelhas que apresentaram curva tipo A, 30% apresentaram a absorvância acústica de banda larga em PA e PP com valores abaixo da curva de normalidade sugerida pelo equipamento. Das 20 OE testadas, 15% apresentaram curva tipo Ar, 10% curva B, 5% curva C e 70% apresentaram curva timpanométrica tipo A. Dos 70% de orelhas que apresentaram curva tipo A, 45% apresentaram a absorvância acústica de banda larga com valores abaixo da curva de normalidade sugerida pelo equipamento em PA, e 35% na absorvância acústica de banda larga em PP. Conclusão: A absorvância acústica de banda larga mostrou-se eficaz na identificação das alterações de orelha média nas crianças com hipertrofia das tonsilas palatinas e/ou faríngeas.
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