39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

A AUTOPERCEPÇÃO DE USUÁRIOS DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL SOBRE A EXPERIÊNCIA DE OUVIR MÚSICA
Simões. P.N. ; Lüders, D. ;

Introdução: Experienciar a música tende a ser um desafio para pessoas com deficiência auditiva (DA), usuárias de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), devido ao amplo espectro de frequência e de amplitude do estímulo musical. Objetivo: Analisar a autopercepção de adultos, usuários de AASI, sobre a experiência de ouvir música. Método: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, que analisou a experiência de ouvir música de pessoas portadoras de DA que responderam o teste de percepção musical BATUTA, com e sem AASI. A testagem foi realizada em uma sala silenciosa, com apresentação dos estímulos em campo livre, por meio de uma caixa acústica posicionada à 0º azimute e a 1m de distância do participante, que teve liberdade para ajustar o volume em um nível confortável. A primeira testagem foi precedida da consulta de acompanhamento do uso de AASI e, em seguida, foi solicitado ao participante que respondesse o teste sem o AASI. Após a conclusão desta última testagem foi perguntado aos participantes se preferiram responder o teste com ou sem AASI. Resultados: 20 participantes com idade média de 64,64 anos ± 14,67, 51,61% do sexo masculino e 48,38% do sexo feminino, portadores de DA neurossensorial bilateral com médias quadritonais dos limiares de VA OD 55dB ± 11,42 e VA OE 53,2dB ± 10,97, sem alterações cognitivas e que não eram, e não tinham sido, músicos ou estudantes de música, responderam 35 subtestes dos módulos ritmo, pitch e timbre do BATUTA com e sem o AASI. As respostas das amostras sonoras e dos trechos musicais foram analisadas em relação às variáveis: médias quadritonais de VA, tecnologia do AASI e tempo de uso de AASI. 35% dos participantes respondeu que foi melhor fazer o teste com o AASI; 40% referiu que foi melhor sem o AASI e para 25% dos participantes foi indiferente. A nitidez do som foi apontada pelos participantes que preferiram a testagem com o AASI, enquanto que a naturalidade e a pureza foi referida por aqueles que consideraram melhor responder o BATUTA sem o AASI. Destacam-se casos como dos participantes P15 e P18 que apesar de apresentarem diferenças entre as médias quadritonais para VA de OD e OE, e de serem usuários de AASI com o memo tipo de tecnologia, respoderam indiferente. Com contextos auditivos e tecnologias do AASI diferentes, os participantes P17 e P20 obtiveram o mesmo escore (8,86), apesar do primeiro preferir a testagem com AASI e o segundo sem AASI. Variação no tempo de uso do AASI não explica o desempenho dos participantes P2, P3 e P14, que alcançaram os mesmos escores (8,57) e não concordam quanto ao desempenho do AASI na testagem. Resultados: A autopercepção dos participantes indicou que a maioria preferiu responder o teste de percepção musical sem o AASI ou considerou sua contribuição indiferente. A tecnologia e o tempo de uso do AASI não se refletiram nos escores da testagem. Conclusão: Os resultados deste estudo não indicaram que os usuários de AASI se beneficiam de seus dispositivos auditivos para experienciar a música.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1040
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1040



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