39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ANÁLISE DA TRIAGEM AUDITIVA EM NEONATOS EXPOSTOS À COVID-19 DURANTE A GESTAÇÃO
Freitas, A.G. ; Silva, L.F. ; Silva, V.B. ;

Introdução: No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o início da pandemia de Covid-19. Esta enfermidade infecciosa é provocada pelo vírus SARS-CoV-2, caracterizando-se por uma alta taxa de transmissibilidade e elevado risco de morbimortalidade. Isso se deve às significativas alterações fisiológicas ocasionadas nos sistemas respiratório, circulatório, secretório e imunológico dos indivíduos infectados. Em determinadas populações, como idosos, diabéticos, hipertensos e gestantes, destaca-se um risco aumentado de complicações, incluindo hospitalização, internação em unidade de terapia intensiva e a necessidade de ventilação mecânica. Nas gestantes, há também um aumento no risco de nascimento prematuro, o que, por sua vez, pode resultar na necessidade de unidade tratamento neonatal, ventilação mecânica e uso de antibióticos ototóxicos. Estes fatores são considerados de alto risco para o desenvolvimento de deficiência auditiva em recém-nascidos. Objetivo: Descrever os resultados da triagem auditiva neonatal de recém-nascidos expostos a covid-19 durante a gestação. Metodologia: Este estudo de prevalência foi conduzido utilizando o banco de dados de um centro especializado em reabilitação auditiva privado na Amazônia Ocidental. Os dados analisados, que incluem indicadores de risco para deficiência auditiva, testes realizados e resultados de triagem auditiva, dizem respeito a 81 recém-nascidos com histórico de exposição à Covid-19 durante a gestação. A coleta de dados abrangeu o período de agosto de 2020 a janeiro de 2024. A triagem auditiva foi efetuada por meio de emissões otoacústicas evocadas transientes e/ou potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático, utilizando o equipamento modelo Accuscreen da marca Madsen®. Os dados foram submetidos a uma análise estatística descritiva. Resultados: Dos 81 neonatos com histórico de exposição a Covid-19, 86,4% (n=70) foram considerados de baixo risco para deficiência auditiva e 11 (13,6%) de alto risco; O indicador de risco para deficiência mais frequente foi o uso de ototóxicos com 45% (n=5), seguido de deficiência auditiva na família com 36% (n=4), permanência em UTI com 18% (n=2), uso de ventilação mecânica, muito baixo peso, malária na gestação, toxoplasmose e sífilis com 9% (n=1); 23,5% (n=19) foram triados com técnica combinada de emissões otoacústicas evocadas transientes e potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático, 58% (n=47) com emissões otoacústicas evocadas transientes e 18,5% (n=15) com potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático. Quanto ao resultado da triagem, não se observou resultado alterado nos testes em nenhum protocolo adotado para todos os neonatos atendidos. Conclusão: A grande maioria dos recém-nascidos que foram expostos à Covid-19 durante a gestação e que receberam atendimento no centro de referência abordado neste estudo não demonstra indicadores de risco para deficiência auditiva. Entre aqueles que apresentam tais indicadores, o uso de ototóxicos no período neonatal se destaca como a situação mais comum, seguida pelo histórico familiar de deficiência auditiva. Adicionalmente, é notável que os recém-nascidos expostos à Covid-19, que foram atendidos neste contexto específico, não exibem alterações nos resultados da triagem auditiva neonatal e este cenário permanece consistente mesmo na presença de indicadores de risco para a deficiência auditiva.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1052
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1052



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