ASSOCIAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA E ALTERAÇÕES EM EQUILÍBRIO EM IDOSOS
BARBUI, T. R. M JOSÉ, M. R.; FRIZZO, A. C. F. ;
ROMBOLA, I. T. ;
ALCANTARA, Y. B. ;
LUIZ, A. L. F. ;
CARLI, Flávia Vilas Boas Ortiz ;
VEDOVATO, G. L. ;
OLIVEIRA, A. M. ;
JOSÉ, M. R ;
FRIZZO, A. C. F. ;
INTRODUÇÃO: Projeções demográficas nacionais indicam um crescimento da população idosa. Dentre as patologias do envelhecimento, destaca-se a perda de audição uma das doenças que mais acomete essa população. Com o avanço da idade mudanças anatomofisiológicas ocorrem no sistema auditivo e por isso idosos com perda auditiva são os que mais têm tendência a ter problemas de audição e equilíbrio por conta dos processos degenerativos. Objetivo: investigar a associação entre perda auditiva com o desequilíbrio e risco de quedas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Foram avaliados idosos com perda auditiva em atendimento numa clínica escola. Os critérios de inclusão utilizados foram: idosos com perda auditiva neurossensorial leve a moderadamente severa, bilateral, simétrica, com limiar de audibilidade tonal entre 40 e 70 dBNA em altas frequências (considerando 4, 6, e 8 kHz) e ≤ 25 dBNA nas frequências de 0.25, 0.50, 1, 2 e 3 kHz. Para a coleta de dados utilizou-se o Mini-BESTest (teste clínico do equilíbrio dinâmico, 14 itens pontuados de zero a dois, sendo a pontuação máxima 28 e a mínima 0, idosos caidores ≤ 21) para a avaliação do equilíbrio e o exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) com estímulo click, teste clínico para neurodiagnóstico audiológico. Os dados foram analisados por meio dos testes de correlação de Pearson para verificar associação entre as ondas, amplitudes e intervalos interpicos do PEATE e questionário MiniBEST, sendo considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de origem sob número 5.690.286. Resultados: Foram avaliados oito idosos, a maioria da amostra foi composta por idosos do sexo masculino, com média de idade de 77 anos. O presente estudo nos mostrou que 50% dos idosos avaliados apresentaram alteração do equilíbrio. Na presente amostra foi obtida pontuação média de 21,2 pontos no questionário MiniBEST. As latências das ondas III foram mais longas na orelha esquerda. Houve correlação positiva entre o intervalo interpico das ondas I-III da orelha esquerda e a pontuação total do MiniBEST (r=0.99; p=0.03) mostrando que um mal desempenho de equilíbrio esteve relacionado ao intervalo interpico das I-III mais longo e a uma velocidade de transmissão mais lenta nas vias auditivas. Conclusão: Pode-se concluir que nesse estudo houve associação dos resultados do potencial evocado auditivo do tronco encefálico de pacientes com perda auditiva com as alterações de equilíbrio.
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