A INFLUÊNCIA DA REABILITAÇÃO AUDITIVA NO EQUILÍBRIO DE IDOSOS COM PRESBIACUSIA
Carli, F.V.B.O. ;
Rombola, I.T. ;
Barbui, T.R.M. ;
Luiz, A.L.F. ;
Alcantara, Y.B. ;
Vedovato, G.L. ;
Marques, Y.S. ;
Jose, M.R. ;
Junior, P.R.R. ;
Frizzo, A.C.F. ;
Introdução: Nos últimos tempos, a maioria dos países tem observado um aumento na longevidade de sua população. Esse fenômeno redefine as percepções tradicionais sobre o envelhecimento e apresenta novos desafios, principalmente na área da saúde. A perda de audição associada à idade, geralmente surge em meio a processos degenerativos que afetam a orelha interna, podem causar alterações no labirinto, levando à perda auditiva, além de problemas de equilíbrio, e quando não identificados e tratados adequadamente, podem ocasionar um impacto negativo na qualidade de vida. Objetivo: Analisar a efetividade da reabilitação auditiva no equilíbrio de idosos com presbiacusia. Método: Trata-se de um estudo de intervenção de um grupo único não controlado. Foram avaliados 15 idosos usuários de aparelho de amplificação sonora em atendimento no Centro Clínico Especializado. Para a coleta de dados foi aplicado o Mini-BESTest, um teste clínico do equilíbrio dinâmico, composto por 14 itens que pontuam de zero a dois, sendo a pontuação máxima 28, pacientes com pontuação ≤ 21 são classificados como caidores. Foi realizada uma avaliação no momento da colocação do aparelho auditivo, e após 6 meses esses idosos foram reavaliados. Os dados foram analisados utilizando-se o software SPSS, versão 27.0. Os valores foram expressos em mediana, para as variáveis não paramétricas e em média e desvio padrão para as variáveis paramétricas com significância estatística de p ≤ 0,05. A associação foi analisada através do teste de McNemar. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de origem sob o Número 5.690.286. Resultados: A maioria da amostra foi composta por homens (73,3%) com média de idade de 75,5 anos, com ensino fundamental incompleto (80%) e hipertensos (46,6%). No presente estudo, o MiniBEST apresentou uma pontuação média de 21,1 pontos na avaliação inicial e 24,6 pontos após a reabilitação auditiva. Houve associação entre a melhora do equilíbrio após a reabilitação, o qual demonstrou significância estatística (p=0,046). Conclusão: A partir deste estudo podemos inferir que a reabilitação auditiva trouxe benefícios no equilíbrio da pessoa idosa. A identificação de preditores associados aos distúrbios do equilíbrio, é crucial para o planejamento de ações preventivas, contribuindo assim, para redução do número de quedas e, consequentemente, a melhoria na qualidade de vida dos idosos.
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