39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

QUALIDADE DE VIDA E VOZ EM ADULTOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.
Nascimento, B. de O. ; Marinho, T. R. ; Pereira, M. C. W. ; Chaves, L. E. S. ; Pessoa-Almeida, A. N. ; Maia, A. A. ;

A deficiência auditiva (DA) na vida adulta impacta em agravos biopsicossociais, por exemplo na colocação e desempenho no mercado de trabalho, cujos fatores podem estar relacionados à sua eficiência comunicativa. Há uma variabilidade de perfis vocais na população de pessoas com DA, que se relaciona com fatores como o perfil audiológico, a idade em que ocorreu a perda, o tipo de tecnologia assistiva utilizada e reabilitação. Adultos com DA podem apresentar características de qualidade vocal tal como voz soprosa, tensa ou com irregularidade laríngea e, frequentemente, diminuição de extensão de articuladores e de tensão no trato vocal, com elevação laríngea. Tais características impactam na sua comunicação e, consequentemente, na sua qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi identificar a relação entre qualidade de vida e a voz de adultos com DA. Trata-se de um estudo observacional e transversal, aprovado pelo comitê de ética (Parecer: 5.558.787) e com fomento, metodologicamente desenvolvido por meio de recursos tecnológicos e humanos de grupo de pesquisa de Laboratório de Audiologia e Voz pertencentes a uma universidade pública com Hospital Universitário e Clínica Escola, com ensino-pesquisa-assistência-extensão e engajado em serviço credenciado na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Sistema Único de Saúde. A amostra deste recorte de pesquisa foi composta por 10 adultos usuários de AASI e/ou IC, com média etária de 49,7 ±12 anos, sendo 7 mulheres e 3 homens. Os impactos da voz na qualidade de vida foram mensurados pelo protocolo Qualidade de vida e voz –QVV, que tem sido aplicado em todos os pacientes que chegam à candidatura ao implante coclear e também em acompanhamento pós implante coclear. Os resultados do QVV evidenciaram que a voz dos adultos com DA impactaram sua qualidade de vida (média do score total: 63,25) todavia com elevada variabilidade de fatores neste grupo (DP ±32,21), sendo maiores ocorrências de agravos em usuários de AASI quando comparados a autoreferência de usuários de IC. O impacto do perfil vocal desta população foi descrito tanto no domínio físico (média= 65,0 ±29,0) quanto no domínio sócio-emocional (média= 62,5 ±39,2). Pela média das respostas na escala de quantificação do problema, “Ter dificuldades ao telefone, por causa da minha voz” foi autorreferido fortemente como problema e “Ficar ansioso ou frustado, por causa da minha voz” e “Ter que repetir o que falo para ser compreendido” foram classificados como um problema em nível moderado. Acompanhar os impactos do perfil vocal da pessoa com DA na sua qualidade de vida pode ser uma estratégia como balizador para definição de candidatura ao Implante Coclear, acompanhamento e assertividade em definições de estratégias de reabilitação.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1118
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1118



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