39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EFEITOS OTOTÓXICOS DO USO DA CISPLATINA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS
Lopes, S. L. ; Oliveira, J. J. ; Venancio, S. H. J. ; Raposo, M. L. ;

INTRODUÇÃO: A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento dos seres humanos, tendo a capacidade de captação sonora entre 20 Hz a 20 KHz. São diversos os fatores que causam alterações no sistema auditivo, como o uso de medicamentos com potenciais ototóxicos que acometem primeiro as células ciliadas externas da cóclea com evolução às células ciliadas internas em caso de doses cumulativas. A ototoxicidade refere-se a um déficit na função auditiva em decorrência de substâncias que tem como consequência danos à cóclea e/ou ao vestíbulo. OBJETIVO: Investigar na literatura a relação de pacientes oncológicos pediátricos que foram submetidos a tratamento quimioterápico com cisplatina. MÉTODOS: Revisão integrativa, tendo sido selecionados artigos originais publicados nas bases de dados PubMed e BVS, em inglês, excluindo artigos duplicados, envolvendo estudos que descreveram a perda auditiva induzidas por exposição a medicamentos quimioterápicos a base de platina, como a cisplatina, aplicadas a pacientes pediátricos oncológicos, adotando-se para compor as estratégias de busca os DECS/MESH – “ototoxicidade/ototoxicity”, “cisplatina/cisplatin” e “criança/child” em diversas combinações estruturadas por meio dos operadores booleanos “AND”. RESULTADOS: Inicialmente foram encontrados 60 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão 22 estudos, publicados entre 2019 a 2024, integram esta revisão. As buscas identificaram que pacientes oncológicos pediátricos, quando necessário, são submetidos à intervenção medicamentosa à base de platina, destacando-se a utilização da cisplatina. Entretanto, esse fármaco é descrito nos estudos como tóxico para algumas funções do corpo humano. A ototoxicidade induzida pela cisplatina manifesta-se como perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica. Atinge as altas frequências em até 60% das crianças. A dosagem e o tempo da exposição são fatores determinantes para a gravidade dos danos causados à função auditiva e vestibular, sendo temporário ou definitivo. Os sintomas mais recorrentes e que acometem cerca de 2% a 36% dos pacientes, são: otalgia, vertigem e zumbido. CONCLUSÃO: A cisplatina, dependendo da dosagem e do tempo de exposição, influencia diretamente o grau de toxicidade do fármaco. Torna-se necessário um acompanhamento mais rigoroso desses pacientes para monitoramento e controle dos efeitos adversos.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1126
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1126



Centro de Convenções Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569
Bairro: Bela Vista
São Paulo - SP
CEP: 01307-001

ATENDIMENTO

INSCRIÇÕES
(51) 98053-4203
inscricoes@tribecaeventos.com.br
PROGRAMAÇÃO
(51) 99702-1511
cientifico@tribecaeventos.com.br
SEJA UM PATROCINADOR
(51) 98338-0908
comercial@tribecaeventos.com.br
Desenvolvido por Dinamk Tech  
Certificados
Icone do Whatsapp