39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

RAZÕES QUE INFLUENCIAM A PARTICIPAÇÃO OU AUSÊNCIA NO RETESTE DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL: PERCEPÇÕES MATERNAS
Batista, D. R. ; Ferreira, S. M. ; Dondoni, B. A. ; Silva, V. B. ;

Introdução: A triagem auditiva neonatal é recomendada para todos os recém-nascidos e deve ser realizada até, no máximo, o primeiro mês de vida. Quando os neonatos não passam na triagem auditiva, é crucial orientar os pais sobre a necessidade e importância de realizar um reteste. O alto índice de não comparecimento ao reteste é identificado como o principal desafio na eficácia dos programas de triagem auditiva neonatal. No entanto, há uma lacuna no entendimento dos motivos subjacentes a essa falta de comparecimento. Alguns estudos indicam que a falta de conhecimento por parte dos pais e responsáveis, o desinteresse em relação às questões de saúde auditiva dos filhos pode comprometer a adesão ao protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde, impactando negativamente a continuidade do acompanhamento. Objetivo: Caracterizar quais foram os motivos de comparecimento ou não ao reteste da triagem auditiva neonatal. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado no programa de triagem auditiva neonatal de uma maternidade pública, aprovado pelo comitê de ética (nº 5.531.665), no período de 13 de setembro de 2022 à 31 de janeiro de 2024. Foram incluídas no estudo 121 genitoras, cujos recém-nascidos foram agendados para o reteste na maternidade, por falha na triagem na alta hospitalar. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com a genitora, a qual respondia ao questionamento sobre o motivo que a fez voltar para o reteste, questão esta que foi feita para todas as mães que compareceram. Para as mães que não compareceram, a pesquisadora e a fonoaudióloga do serviço entrou em contato por telefone ou aplicativo de mensagem para realizar a busca ativa, quando foi perguntado o motivo de ter faltado no dia agendado para o reteste. As respostas foram tabuladas e submetidos a estatística descritiva. Resultados: No período do estudo, 3915 recém-nascidos realizaram a triagem auditiva, dos quais 3,1% (N=121) foram encaminhados para o reteste; destes, 56,2% (n=68) compareceram, no entanto, somente 17 genitoras foram abordadas no momento do reteste e responderam ao questionamento sobre o motivo da volta, tendo a maioria relatado ter sido por preocupação com a audição do filho; 43,8% (n=53) não compareceram ao reteste; Destas, foi realizado a tentativa de contato por telefone ou por aplicativo de mensagem com 33 genitoras que não compareceram e 57,6% (n=19) não atenderam o telefone ou não responderam a mensagem; Dentre as que responderam, ao serem questionadas o motivo de ter faltado na data agendada, 50% (n=7) relataram dificuldades financeiras, 14,3% (n=2) por desconhecimento, 14,3% (n=2) por problemas de saúde, 7,1% (n=1) relataram a falta de uma rede de apoio, 7,1% (n=1) clima chuvoso e 7,1% (n=1) por ter sido assaltada. Conclusão: Conclui-se que a taxa de comparecimento ao reteste no programa de triagem auditiva da unidade estudada é de 56,2% e o principal motivo alegado pela mãe para o retorno é a preocupação com a audição do filho. A taxa de evasão no reteste do programa é de 43,8% e problema financeiro é o motivo alegado mais frequente para o não comparecimento.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1137
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1137



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