39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ALTERAÇÕES AUDITIVAS COMO CONSEQUÊNCIA DA OTOTOXICIDADE NO TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTOJUVENIL - REVISÃO INTEGRATIVA
Melo, C. T. B ; Silva, P. C. B ; Silva, N. P. ; Festa, I. F. ; Oliveira, R. G. ; Viana, M. G. N. ; Adriana M. ;

Introdução: O tratamento quimioterápico e radioterápico entram como alternativas de tratamento precoce fornecidos pelo SUS, porém são tratamentos que têm diversos efeitos colaterais, como, zumbidos, perda auditiva neurossensorial e vertigens, causados pela ototoxicidade medicamentosa, definida como dano definitivo ou transitório da função auditiva e/ou vestibular, geralmente bilateral e simétrica, afetando primeiramente a captação de frequências sonoras mais altas. Objetivo: Avaliar o impacto deste tipo de tratamento na audição de crianças e adolescentes com câncer, os quimioterápicos utilizados e sua relação com a ototoxicidade, alterações audiológicas mais comuns e as intervenções terapêuticas adotadas nesses casos. Metodologia: Revisão narrativa da literatura realizada no período de fevereiro a junho de 2022. Foi elaborado um levantamento bibliográfico nas bases de busca LILACS, Google acadêmico e SciELO com os seguintes descritores: adolescente, criança, oncológica, radioterapia, quimioterapia, ototoxicidade, perda auditiva. Foram selecionados 4 artigos para realização do artigo. Resultados: No artigo de Caldas e Dias (2018) concluiu que o método padrão ouro para a monitorização da perda auditiva nestes pacientes é a audiometria tonal liminar convencional e no caso de pacientes incapazes de realizar esta, deve-se utilizar a emissão otoacústica. As medicações foram a cisplatina e carboplatina, radioterapia e os antibióticos aminoglicosídeos, apresentando maior efeito ototóxico para os pacientes, que quanto menor a idade, maior o risco para a perda auditiva. Apresentaram as alterações de: zumbido e lesão vestibular, provenientes do tratamento associado aos antibióticos aminoglicosídeos; e das alterações provenientes do tratamento associado à radioterapia: necrose de conduto auditivo externo, osteorradionecrose de osso temporal, otite média, perda auditiva condutiva de diferentes graus, otalgia, zumbido e degeneração das células ciliadas. Dos artigos levantados por Iuchno e Carvalho (2019) apenas um foi relevante para o atual trabalho. Lopes et al. (2020) buscou os efeitos do tratamento com carboplatina e cisplatina, as perdas auditivas foram encontradas desde o primeiro ciclo de tratamento com cisplatina, por ter maior efeito ototóxico se usado isoladamente, já a carboplatina tem menor efeito ototóxico, porém se usado concomitante à cisplatina tem alto poder ototóxico. Os resultados mostraram perda auditiva sensorioneural de grau leve à moderado, podendo progredir para severo, geralmente em direção às frequências altas. Para Patatt et al. (2022) o método mais utilizado foi a audiometria tonal liminar convencional, a dosagem dos medicamentos foi, em média 200 mg/m², e quanto menor a idade da criança, maior o risco de perda auditiva. Evidenciou o acompanhamento a longo prazo dos sobreviventes após incidência da perda auditiva, indicando riscos maiores principalmente no tratamento associado das medicações. Conclusão: Concluiu-se que a carboplatina e a cisplatina, podem prejudicar a audição desde as suas primeiras doses, afetando a cóclea especificamente as células ciliadas externas. Evidenciou a importância do monitoramento precoce de toxicidade e efeitos adversos e o monitoramento audiológico através de exames específicos que avaliem a porção periférica e central da via auditiva. A perda auditiva pode aparecer logo após o primeiro ciclo de tratamento, com isso devem ser utilizados protocolos padronizados de acompanhamento da audição, antes e durante os tratamentos realizados, assim como a longo prazo.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1141
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1141



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