39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS DE FONOAUDIÓLOGOS EM RELAÇÃO À DEFICIÊNCIA AUDITIVA E DEMÊNCIA OU DECLÍNIO COGNITIVO: REVISÃO DE ESCOPO
Boldrin, A.C.R.B. ; Ferrari, D.V. ;

Introdução: A deficiência auditiva afeta 1,5 bilhões de pessoas e potencialmente aumentará para 2,5 bilhões até 2050. Existe uma forte associação entre a deficiência auditiva e demência. Indivíduos com perda auditiva têm 1,9 vezes mais chances de desenvolver demência e 2,78 vezes mais chances de ter comprometimento cognitivo do que aqueles com audição típica. Os fonoaudiólogos desempenham papel fundamental na identificação, diagnóstico e tratamento da perda auditiva. Ao compreender o que sabem, como se sentem e suas práticas relativas à deficiência auditiva e demência / declínio cognitivo, intervenções podem ser implementadas precocemente, potencialmente mitigando o risco ou desacelerando sua progressão. Ademais, podem ser avançados os esforços de pesquisa e políticas nesta importante área da saúde. Objetivo: Identificar, analisar e resumir as evidências do conhecimento, atitudes e práticas (CAP) de fonoaudiólogos em relação à deficiência auditiva e declínio cognitivo / demência. Metodologia: Revisão de escopo, seguindo o referencial metodológico do JBI e o checklist do PRISMA-ScR. Foi realizada busca em bases de dados (Pubmed, Embase, Scopus, Lilacs, PsycInfo) e literatura cinza, utilizando a combinação de termos (em português, inglês e espanhol): conhecimento, atitude, crença, percepção, prática, perda/deficiência/dificuldade auditiva, declínio/deficiência cognitivo(a) e demência. Foram incluídos estudos primários quantitativos com diferentes delineamentos que continham informações sobre pelo menos um dos domínios de conhecimento, atitude e prática de fonoaudiólogos (audiologistas ou profissional equivalente no país) com indivíduos com diagnóstico ou suspeita de deficiência auditiva em relação ao declínio cognitivo e demência. Resultados: Foram identificadas 1772 referências, sendo excluídas 301 duplicadas e 1469 após leitura de título e resumo. Sete artigos potencialmente relevantes foram recuperados e destes, apenas dois obedeciam aos critérios de elegibilidade, sendo sintetizados. Estes dois estudos do tipo levantamento foram realizados nos EUA e Reino Unido, sendo publicados, respectivamente, nos anos de 2019 e 2023 e incluindo respectivamente, 23 e 156 audiologistas - destes últimos, a maioria (68%) atuava em serviço público. Ambos estudos avaliaram os três domínios CAP por meio de questionários de autorrelato. Apenas um estudo reportou os resultados de conhecimento e atitude específicos para audiologistas revelando que os mesmos carecem de treinamento (conhecimento) para lidar com intersecção entre deficiência auditiva e cognição, contudo possuem atitudes favoráveis acerca da inclusão da triagem cognitiva como parte de sua prática. No tocante à prática, cerca de 7% do total de participantes (n=179) realizava algum tipo de triagem cognitiva ou encaminhava o paciente para esta avaliação. Destacou-se o tempo limitado do profissional como uma barreira para o fornecimento de cuidados mais abrangentes. Conclusão: Há escassez importante de estudos acerca do conhecimento, atitude e prática de fonoaudiólogos em relação à deficiência auditiva e declínio cognitivo. Os poucos dados existentes revelam a necessidade de intervenções educacionais e mudanças nas práticas clínicas, visando o cuidado ao paciente mais eficaz e integral.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1161
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1161



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