39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ESTIGMA PÚBLICO DA PERDA AUDITIVA E USO DE PRÓTESES AUDITIVAS
S. V. ; E. M. ;



Introdução: O estigma associado à perda auditiva é uma questão relevante, influenciando diretamente a decisão das pessoas em buscar cuidado auditivo e reabilitação. Diferentemente de estudos que exploram o auto-estigma e o estigma social, há uma carência de pesquisa específica sobre o estigma público relacionado ao uso de próteses auditivas. Objetivo: Examinar a produção científica acerca do estigma público relacionado à perda auditiva e ao uso de próteses auditivas e responder à seguinte pergunta investigativa: O estigma social da perda auditiva impacta na busca por cuidado auditivo e reabilitação? Método: Foi utilizado o método de revisão narrativa, por meio de pesquisa quanti-qualitativa, a partir de pesquisa bibliográfica em base de dados eletrônicas (Pubmed, SciELO e Lilacs), utilizando os descritores “Audiologia / Audiology", "Deficiência auditiva / Hearing Impairment", "Estigma Público /Public Stigma",”Auto-estigma / self-stigma”, "Deficiência auditiva / Hearing Impairment","Auxiliares de Audição / Hearing Aids" . Foram incluídos artigos científicos originais publicados no período de 2000 a 2023, em língua portuguesa e ou inglesa. Foram excluídas dissertações, teses, descrição de casos e capítulos de livros. Resultados: Por meio dos mecanismos de busca, foram obtidos 12 artigos, dos quais quatro foram elegíveis para esta revisão após a leitura dos títulos e resumos. Os oito artigos excluídos não abordaram diretamente o estigma público. Entre os textos lidos integralmente, observa-se que cada estudo aborda a questão do estigma associado à perda auditiva com notáveis diferenças, tanto em termos da quantidade de amostra quanto no tipo de estudo adotado. Privado J et al (2019) se destaca por empregar uma pesquisa quantitativa com uma amostra de 216 participantes. Essa abordagem proporcionou uma visão abrangente da consciência do estigma em pessoas com deficiência auditiva, abrangendo diversas faixas etárias e níveis educacionais. Por outro lado, da Silva JC et al (2023) diferenciou-se ao realizar uma revisão sistemática com análise de 34 estudos selecionados de uma amostra inicial de 953 artigos, adotando uma abordagem mais ampla e sintetizando descobertas existentes sobre o auto-estigma relacionado à perda auditiva em adultos e idosos. Em contrapartida, David D et al (2018) trata-se de um estudo qualitativo com uma amostra mais restrita de 11 participantes idosos, sendo esta uma das limitações do estudo. Já Ruusuvuori JE et al (2021) diferenciou-se ao realizar uma revisão de escopo com 18 estudos, destacando a importância do estigma no contexto do ambiente de trabalho em adultos em idade ativa.
Conclusão: Entre os textos analisados houve uma variedade de perspectivas e enfoques metodológicos na investigação do estigma associado à perda auditiva, com limitada abordagem quanto ao estigma público da perda auditiva especificamente. Os conceitos de autoestima e estigma público não são bem delimitados, o que dificulta responder o quanto o estigma público impacta no cuidado auditivo. Este trabalho de revisão bibliográfica destaca que o estigma público ainda é uma área sub-explorada, em comparação com o auto-estigma. Destacando a necessidade de abordar o estigma público de maneira abrangente e identificar suas causas e consequências.


DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1162
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1162



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