HÁBITOS AUDITIVOS DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA
Silva, A. S. L. ;
Souza, T. M. ;
Oliveira, M. K. ;
Fidêncio, V. L. D. ;
Lüders, D. ;
Introdução: Em contextos familiares, religiosos ou de lazer, os sons de forte intensidade não são percebidos, muitas vezes, como uma ameaça ao sistema auditivo e, portanto, não motivam a adoção de comportamentos de proteção e cuidado. Portanto, torna-se fundamental entender como os jovens se expõem a situações de lazer onde podem ocorrer sons em forte intensidade, principalmente entre aqueles que pretendem, em seu exercício profissional, promover a saúde auditiva da população. Objetivo: Analisar os hábitos auditivos de estudantes de graduação em Fonoaudiologia de um estado sul brasileiro. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, do tipo transversal, de abordagem quantitativa, realizado por meio de um questionário baseado no questionário Youth Attitude to Noise Scale, elaborado na plataforma Google Forms® e disponibilizado aos participantes no formato eletrônico. Resultados: Participaram deste estudo 50 estudantes de graduação em Fonoaudiologia, sendo 88% do sexo feminino e 12% do sexo masculino com faixa etária que variou de 18 a 57 anos, sendo 42% com idade entre 18 e 21 anos; (88%) mora com familiares, 80% são originários de IES privadas e 36% estão cursando o 8º período, 46% relatou não ter zumbido; 24% referiu tocar algum instrumento musical, sendo a maioria violão; 93% referiu utilizar fones de ouvido; 96% referiu que frequenta discotecas, shows musicais ou eventos esportivos, e 92% nunca utiliza protetores auditivos nessas situações; 30% referiu que pessoas ouvindo músicas com fones de ouvido em um volume muito alto, os aborrece; 48% afirmou que o nível de sons das discotecas, bailes, shows musicais e eventos esportivos, na maioria da vezes, é forte demais e 30% tem vontade de sair do local quando o som é muito alto; 40% referiu que o volume das discotecas, shows musicais ou eventos esportivos são um problema, 34% concorda que o volume desses locais deveriam ser diminuídos e 48% concorda que as regras/regulamentos deveriam ser mais rígidos em casos de níveis de sons elevados. Porém, 66% concorda, mesmo que parcialmente, que os barulhos e sons fortes são aspectos inevitáveis em nossa sociedade. Conclusão: A maioria dos estudantes de fonoaudiologia do presente estudo utiliza fones de ouvido, frequenta discotecas, shows musicais e eventos esportivos e não utiliza protetores auditivos nesses ambientes. A maioria referiu que sons fortes são inevitáveis na sociedade. Tal fato reforça que a promoção da saúde auditiva precisa ser incentivada dentro das próprias Instituições de Ensino para que os alunos possam, quando fonoaudiólogos, promover junto a população hábitos auditivos mais saudáveis.
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