39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

FONOTERAPIA VOCAL EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E IMPLANTE COCLEAR: RELATO DE CASO
Costa, E.S. ; Araujo, V.A.F. ; Queija, D.S. ; Ubrig, M.T. ;

Introdução: A produção da voz e fala engloba a participação das seguintes fases: respiração, fonação, articulação, ressonância e prosódia. A deficiência auditiva pode comprometer o desenvolvimento da linguagem oral e a produção de voz e fala. A restrição ao feedback auditivo dificulta a monitorização da própria voz, o desemvolvimento e manutenção da qualidade vocal. Objetivo: Aplicar um protocolo específico de fonoterapia vocal em uma criança com deficiência auditiva e usuária de implante coclear. Método: Trata-se de um estudo prospectivo e longitudinal. Foi aprovada pelo comitê de ética sob o número CAE 69992323.0.0000.543. Participou desta pesquisa uma criança do gênero masculino, com idade de quatro anos e quatro meses, com deficiência auditiva pré lingual, usuária de implante coclear bilateral e da linguagem oral. Foi desenvolvido e aplicado um protocolo de fonoterapia com técnicas e diversos exercícios vocais de trato vocal semi-ocluido (ETVSO), abordando a relação fonte e filtro, sendo progredido em duração e dificuldade gradativamente a cada semana. Foram realizadas 12 sessões com duração de 01 hora com a criança e os exercícios foram treinados, ensinados e orientados também a serem realizados em casa, cinco dias por semana. A fonoterapia também contou com o auxílio da plataforma Afinando o Cérebro, antes da realização dos exercícios de voz, utilizando-se por 15 minutos atividades de estimulação das habilidades auditivas de ordenação e resolução temporal. O acesso a plataforma foi liberado para que a família treinasse com o paciente também em casa, juntamente com os exercícios treinados em fonoterapia. Resultados: As gravações de voz com diferentes tarefas vocais e nos momentos pré e pós aplicação do protocolo foram avaliadas por uma juíza especialista em voz, com experiência em pacientes com deficiência auditiva, utilizando-se o protocolo CAPE-V. Os dados da avaliação vocal, após 12 semanas de treinamento, demonstraram que o paciente apresentou melhora global da qualidade vocal, com redução dos parâmetros perceptivos-auditivos de tensão, pitch e loudness na fala encadeada e instabilidade na vogal sustentada /a/. Verificou-se também redução nos valores dos parâmetros acústicos de jitter e shimmer na vogal sustentada /a/, verificados por meio do programa PRAAT. Conclusão: O programa de terapia utilizado demonstrou bons resultados na sua utilização para o treinamento das habilidades vocais treinadas. É de suma importância a combinação entre terapia fonoaudiológica e uso de dispositivos auditivos como o implante coclear. A fonoterapia, incentivando habilidades auditivas e vocais concomitante, pode auxiliar no desenvolvimento adequado (habilitação) dos aspectos relacionados a fonação de crianças com deficiência auditiva.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1177
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1177



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