39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL DO USUÁRIO DE MOTOCICLETA NO DISTRITO FEDERAL – ESTUDO PILOTO
ALMEIDA, D. P. ; ALVES, G. M. ; FERNANDES, M. G. G ; DOMINGUES, J. S. ; MACHADO, D. M ; OLIVEIRA, T. C. ; Canto-Pereira, V. R ; SILVA, I. M ;

INTRODUÇÃO: A audição humana é sensível na faixa de 20 a 20.000 Hz e percebe sons desarmônicos como ruído. Uma exposição prolongada a ruídos pode causar alterações audiológicas significativas. A perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é uma diminuição gradual da acuidade auditiva causada pela exposição prolongada a níveis elevados de pressão sonora, com características de perda neurossensorial, irreversível e, geralmente, bilateral. Os motociclistas são frequentemente expostos a altos níveis de ruído. O som produzido pela motocicleta pode atingir até 90 dBNA a 50 km/h, somado ao ruído do trânsito, nível considerado suficiente para desencadear sintomas auditivos e extra-auditivos, incluindo reações fisiológicas de estresse. OBJETIVO: Traçar o perfil de motociclistas expostos ao ruído e investigar os sintomas auditivos e extra auditivos no Distrito Federal (DF). METODOLOGIA: Este estudo foi conduzido em conformidade com as diretrizes éticas, submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição de ensino, sob o protocolo n° 6.119.888. Trata-se de um estudo transversal de natureza descritiva, que incorpora abordagens quantitativas e qualitativas a partir da aplicação de questionário eletrônico. Foram selecionados participantes com 21 anos ou mais, que apresentaram a Carteira Nacional de Habilitação na categoria A. RESULTADOS: Participaram 23 motociclistas, predominantemente homens (91,3%). Quanto à escolaridade, 69,5% possuíam ensino médio ou superior, eram servidores públicos (30,43%) ou autônomos (52,2%). A maioria (52,2%) utilizava a motocicleta como meio de locomoção para o trabalho, não como ferramenta de trabalho em si. Eles usavam as motos de três a cinco vezes por semana, entre uma a três horas por dia, principalmente no período matutino (78,3%), seguido do vespertino (60,9%) e noturno (47,8%). Quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), 100% faziam uso de capacete, 69,6% de jaqueta, 73,9% de luvas e 56,5% de botas. Entre os participantes, 30,4% revelaram ter adulterado os escapamentos de suas motos, a maioria por razões estéticas (57,14%) ou por medida de segurança (14,28%). Quanto à manifestação de queixas auditivas, observou-se relato de dificuldade auditiva (26,1%) e plenitude auricular (13%). Dentre as queixas extra-auditivas prevaleceram fadiga (26,1%), estresse (26,1%) e dificuldade de comunicação (26,1%). Apesar disso, todos os participantes afirmaram não sentir necessidade de recorrer a uma investigação mais detalhada sobre a saúde geral ou auditiva. Os motociclistas não possuem conhecimento sobre os programas e legislações de redução das emissões sonoras. CONCLUSÕES: Constatou-se que a amostra é um corte específico de usuários, que não utilizam a motocicleta como instrumento de trabalho, com características amostrais diferenciadas. Mas ainda assim, apresentaram queixas auditivas e extra-auditivas. Destaca-se a importância de monitorar e conduzir estratégias de conservação auditiva em motociclistas para preservar a saúde auditiva e o bem-estar da saúde geral. Trata-se de um estudo piloto, sendo necessária a continuidade da pesquisa com ampliação da amostra e representatividade daqueles que utilizam a motocicleta como instrumento de trabalho.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1185
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1185



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