39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EXISTE RELAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE INTENSIDADE, O INCÔMODO E O IMPACTO DO ZUMBIDO?
Fernandes, A. J. S. ; Lima, T. K. F. C. ; Pereira, R. M. ; Ferreira, L. M. B. M. ; Mantello, E. B. ;

Introdução: O zumbido é caracterizado pela percepção de um som, sem a presença de uma fonte sonora externa. Como critério de definição para o zumbido crônico, é necessário que esta percepção aconteça por, no mínimo, 5 minutos por dia, ao longo de um período de 3 meses de duração. O protocolo de investigação, geralmente, é composto pela avaliação audiológica básica; pela acufenometria, que visa obter as medidas psicoacústicas e a audiometria de altas frequências (AAF). Além dessas medidas, utiliza-se o questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI) que investiga o impacto do sintoma na qualidade de vida (subescalas funcional, emocional e catastrófica) e, a Escala Visual Analógica (EVA) aplicada na mensuração do incômodo causado pelo zumbido. Objetivo: Verificar se existe relação entre a sensação de intensidade do zumbido, grau de incômodo e o impacto na qualidade de vida em pacientes com o sintoma. Metodologia: Estudo transversal e descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, n° 4.880.618. A amostra caracterizou-se por 62 pacientes com queixa de zumbido crônico, encaminhados após avaliação otorrinolaringológica, submetidos à anamnese fonoaudiológica, audiometria tonal limiar (ATL), audiometria de altas frequências, pesquisa da sensação de intensidade (loudness) e frequência do zumbido (pitch), EVA e THI. Realizou-se análise descritiva e inferencial, por meio do Coeficiente de Correlação de Pearson (r), que quantifica a correlação entre duas variáveis quantitativas. Foram adotados os seguintes valores do grau de correlação: fraca (r= 0,3 a 0,5), moderada (0,5 a 0,7) e forte (0,7 a 0,9). Considerou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A amostra apresentou predomínio do gênero feminino (66,1%), média de idade 48,3 anos. Quanto à localização do zumbido, 22 (35,4%) identificaram como unilateral esquerdo, 16 (25,8%) bilateral simétrico, 15 (24,1%) unilateral direito, 8 (12,9%) bilateral assimétrico. O tempo médio de surgimento do zumbido foi de 5,8 anos (DP = 8,5). Na ATL, constatou-se audição dentro dos padrões de normalidade para 34 (54,8%) indivíduos e 28 (45,2%) apresentaram perda auditiva. Na pesquisa do pitch identificou-se maior ocorrência da frequência de 8.000Hz na orelha direita e de 12.500Hz na orelha esquerda. Observou-se média da loudness de 14,2 dBNS para orelha direita e de 12,3 dBNS para a orelha esquerda. A média de incômodo, na EVA, foi de 6,92 pontos (DP = 2,37), com maior ocorrência do grau severo (58,06%) seguida do grau moderado (30,60%). A média do escore total do THI foi de 46,29 pontos, sugestivo de impacto de grau moderado na qualidade de vida e maior acometimento da subescala funcional. Identificou-se correlação fraca entre a EVA e loudness com as subescalas funcional, catastrófica e total do THI. As demais variáveis analisadas (idade e tempo de zumbido) apresentaram valores de correlação inferior a fraco. Conclusão: Verificou-se, neste estudo, relação entre o maior nível de incômodo do zumbido, pela EVA, com o aumento da sensação de intensidade do zumbido (loudness) e com o impacto deste sintoma na qualidade de vida dos participantes (THI).
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1188
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1188



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