39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROTEÇÃO AUDITIVA: O QUE DIZEM OS MÚSICOS SOBRE ISSO?
Ferreira, F. P. ; Heupa, A. B. ; Fidêncio, V. L. D. ; Lüders, D. ;

Introdução: Tendo em vista que os músicos еstão frеquеntеmеntе expostos a nívеis dе prеssão sonora potеncialmеntе agressivos, esses profissionais constituem uma população dе risco para o dеsеnvolvimеnto dе problemas auditivos. Objetivo: Analisar a percepção de músicos profissionais e estudantes de música quanto à utilização de protetores auditivos. Metodologia: Pesquisa do tipo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizada com estudantes de música e músicos profissionais, atendidos regularmente em uma clínica escola de Fonoaudiologia. Foi realizada audiometria tonal liminar convencional, teste com protetores auditivos Hi-FiTM Plug (E-A-R Plugs), cuja atenuação fornecida pelo fabricante é de 20dB e aplicado um questionário que teve como objetivo avaliar o conforto dos protetores auditivos em relação aos seguintes itens: atenuação, pressão no canal auditivo, textura, incômodo no manuseio do instrumento ao tocar, colocação e comunicação verbal, bem como a relevância (importância) de cada um dos itens de conforto. Resultados: Participaram do estudo 34 sujeitos, sendo oito estudantes de música, quatro músicos de uma orquestra sinfônica sul brasileira e vinte e dois músicos de uma banda militar, com idade média de 35,7 anos e desvio padrão de 9,5 anos, estando 44% na faixa etária de 22-31 anos; 47% tocam instrumentos da família das madeiras e 32% da família dos metais, com tempo médio de prática musical de 18,5 anos e desvio padrão de 10,3 anos, sendo que 62% dos participantes têm entre 11 e 20 anos de prática instrumental. Quanto à maior relevância entre itens avaliados, os estudantes de música referiram “incômodo no manuseio do instrumento ao tocar” e os músicos da orquestra e da banda militar referiram a “atenuação” como sendo o item mais importante a ser considerado no uso de protetores auditivos. Quanto ao conforto proporcionado pelos protetores, o item “textura” foi o mais bem avaliado pelos estudantes e o item “colocação” pelos músicos da orquestra e da banda militar. Já o menor nível de conforto foi referido ao item “comunicação verbal”, ou seja, a maioria dos participantes considera que os protetores atrapalham a comunicação entre eles. Na classificação geral quanto ao conforto dos protetores, o resultado foi semelhante entre os grupos pesquisados, tendo sido avaliado como confortável para a maioria deles. Ao caracterizar o perfil auditivo dos participantes, a maioria apresentou limiares auditivos dentro do padrão de normalidade e 23,53% apresentaram perda auditiva em uma ou ambas as orelhas, com características de perda auditiva induzida pelo ruído. Conclusão: O grupo dos estudantes de música foi o que melhor avaliou o protetor auditivo quanto ao conforto geral. A comunicação verbal com o uso do protetor não foi considerada fácil para a maioria e o aspecto mais importante do protetor é a atenuação fornecida, o que mostra que os músicos percebem como os níveis de pressão sonora são intensos e a necessidade de proteção auditiva.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1199
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1199



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