ANÁLISE DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS EM LACTENTES DE 6 A 8 MESES EXPOSTOS AO FUMO PASSIVO
Xavier, L. L. ;
Silva, T. F. ;
Vieira, V. S. S. ;
Santos, A. F. O. ;
Cunha, B. S. ;
Bruner, A. P. ;
Almeida, K. ;
Rocha-Muniz, C. N. ;
Carvallo, R. M. M. ;
Durante, A. S. ;
Introdução: Crianças e bebês são particularmente suscetíveis aos efeitos do fumo passivo. A fumaça do tabaco pode prejudicar a audição ao afetar o fornecimento sanguíneo para a cóclea, causando danos nas células ciliadas. Estudos indicam que a exposição passiva ao tabaco é um fator de risco para perda auditiva neurossensorial. Portanto, é crucial avaliar a saúde coclear, utilizando testes como emissões otoacústicas, que fornecem um feedback mecânico sensível para detectar danos nas células auditivas. Dessa forma, para pesquisar esse feedback nas frequências de 500Hz a 10kHz as emissões otoacústicas produto de distorção acústica (EOAPD), podem ser utilizada. Objetivos: Investigar possíveis alterações da fisiologia coclear em lactentes de 6 a 8 meses expostos ao fumo passivo desde a gestação, por meio das emissões otoacústicas produto de distorção comparando os resultados do grupo controle com o grupo estudo. Metodologia: Esta pesquisa foi realizada com uma amostra total de 15 lactentes divididos em grupos controle, 11 indivíduos, e grupo estudo, 4 indivíduos. Os critérios de inclusão consideram saúde auditiva, ausência de exposição a outras substâncias tóxicas durante a gravidez e triagem auditiva neonatal adequada. O equipamento utilizado foi o Titan ®, da marca InteracousticTM. Os procedimentos incluem anamnese, nova triagem auditiva e medidas de EOAPD. As medidas de EOA abrangem estímulos em diferentes frequências e intensidades. Resultados: Nos resultados da EOAPD, na intensidade de 65/55, observou-se significância estatística para o sinal em 2kHz da orelha direita (p=0,05). Conclusões: Na amostra de lactentes foi possível observar o efeito do fumo por meio das medidas de EOAPD na intensidade de 65/55. Dessa forma, a exposição de lactentes à fumaça do cigarro, mostrou ter um efeito negativo na fisiologia coclear do sistema auditivo.
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