TESTE DE FUNÇÃO DA TUBA AUDITIVA: RESULTADOS PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA PRESSÃO EM INDIVÍDUOS TÍPICOS
Toillier, F.C. ;
Moreira, H. G. ;
Malavolta, V. C. ;
Tauimer, M.H.B. ;
Maia, B.R. ;
Kerkhoff, L. R. ;
Coradini, L. ;
Garcia, M.V ;
Introdução: O Teste de Função Tubária (TFT) é um teste manométrico que consiste em mensurar a variação de pressão da orelha média após três provas, avaliando a abertura e fechamento da Tuba Auditiva (TA) e se há ou não Disfunção de Tuba Auditiva (DTA). Um dos métodos de mensuração do TFT é analisar a variação de pressão com tarefas de deglutição de água e Manobra de Valsalva. Contudo, não há consenso na literatura quanto ao valor de variação de pressão que indique um adequado funcionamento da Tuba Auditiva, alguns estudos indicam qualquer valor de variação, outros acima de 5 daPa e outros acima de 10 daPa. Objetivo: Mensurar a variação da pressão em daPa no TFT em indivíduos típicos. Metodologia: Estudo de caráter transversal e prospectivo, aprovado pelo CEP sob o número 57700721.0.0000.5346. Participaram do estudo 47 indivíduos, 33 mulheres e 14 homens, que foram submetidos a Anamnese, Inspeção Visual do Meato Acústico Externo, Audiometria Tonal Liminar, Logoaudiometria, Medidas de Imitância Acústica e Questionário de Autopercepção para Avaliação da Disfunção Obstrutiva da Tuba Auditiva (ETDQ-7). Como procedimento de pesquisa foi realizado o TFT. Foram incluídos no estudo indivíduos com curva timpanométrica do tipo A, ETDQ-7 normal (pontuação menor que 14) e que apresentaram as variações de pressão esperadas no TFT. O TFT foi realizado na seguinte ordem: curva timpanométrica para verificar a pressão basal da orelha média (pressão I); deglutição com água para mensurar a pressão II (necessário a pressão II negativar em relação a I) e Manobra de Valsalva para mensurar a pressão III (necessário a pressão III positivar em relação a II). Realizou-se a orientação ao paciente: “faça a deglutição da água com um esforço” e na Manobra de Valsalva “oclua as narinas e infle as bochechas com força, mantendo por 5 segundos”. Resultados:Dos 47 indivíduos avaliados, 23 (48,9%) apresentaram normalidade no ETDQ-7 e dentre estes, oito (34,7%) obtiveram TFT com as variações de pressão previstas neste método. Destes, encontrou-se como média de variação da pressão da relação I-II o valor 6,25 daPa, com mínima de 0 e máxima de 17 daPa. E como média de variação da pressão da relação II-III o valor 20,3 daPa, com mínima de 0 e máxima de 55 daPa. Conclusão: A média da variação da pressão em daPa, encontrada no TFT, mensura e demonstra uma grande variabilidade de pressão nas relações analisadas em indivíduos típicos, demonstrando também maior mobilidade da TA durante a Manobra de Valsalva. Estes valores podem nortear outros estudos que possam trazer normativas para o TFT e também se existe a necessidade das duas tarefas no teste para avaliar a tuba auditiva.
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