PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM PREMATUROS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
GILLUNG, C. S. ;
Andrade, A. N. ;
Introdução: A diminuição do tempo da gravidez tem impacto negativo sobre a mortalidade neonatal e materna, além de efeitos de longo prazo sobre doenças crônicas nos nascidos, incluindo o desenvolvimento neurocognitivo. A maioria das pessoas com TEA apresentam algum grau de disfunção no processamento dos estímulos sensoriais (auditivos, visuais, vestibulares, gustativos e/ou táteis) e podem apresentar transtorno do processamento auditivo central confirmado por medidas eletrofisiológicas e/ou comportamentais. Considerando que a audição é uma entrada importante para a comunicação humana e que as implicações da associação entre o TEA e a prematuridade podem gerar consequências que impactam negativamente na comunicação, hipotetiza-se que indivíduos prematuros diagnosticados com TEA tenham desempenho reduzido nos testes comportamentais que avaliam o processamento auditivo central, quando comparados a crianças com desenvolvimento típico. Objetivo: Caracterizar o desempenho de prematuros com transtorno do espectro autista nos testes auditivos comportamentais para a avaliação do Processamento Auditivo Central. Estratégia de pesquisa: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguida de análise qualitativa sobre a avaliação comportamental do processamento auditivo central em crianças nascidas prematuras com diagnóstico de TEA. Estratégia de Pesquisa: Revisão integrativa da literatura, seguida de análise qualitativa sobre a avaliação comportamental do processamento auditivo central em crianças nascidas prematuras com diagnóstico de TEA. Foram selecionados artigos descritivos, transversais, observacionais e ensaios clínicos não randomizados, sem nenhuma restrição de idioma, publicados nos últimos 15 anos (2008 a 2023) nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System online (MEDLINE), Scielo e o serviço de pesquisa da National Library of Medicine nas bases de dados PubMed. Os artigos foram selecionados pela pertinência do título, resumo e leitura na íntegra, daqueles que se relacionavam com o objetivo da pesquisa, sendo considerados critérios de exclusão os artigos em duplicidade e de baixa relevância sobre o tema. Para nortear a revisão integrativa, foi realizada uma pergunta norteadora e estabelecidos os critérios de inclusão e exclusão segundo a estratégia PICO (População Alvo, Intervenção, Desfecho, Desenho de Estudo). Resultados: Foram localizados 194 artigos na base de dados Scielo e 31 na base Lilacs, 9 na base Pubmed, totalizando 234 artigos, sendo excluídos artigos que direcionaram a pesquisa a outras vertentes, restando 4 artigos significantes ao tema, mas que não contemplaram os objetivos da pesquisa em sua totalidade. Conclusão: O propósito de buscar na literatura evidências científicas para a resposta da questão norteadora “Crianças nascidas prematuras com diagnóstico de TEA apresentam alteração nos testes comportamentais de processamento auditivo Central?” não foi contemplado. Constatou-se através da metodologia aplicada, que foram encontradas poucas produções científicas substanciais para embasamento da pesquisa quanto ao Transtorno de Processamento Auditivo Central no TEA e não foram encontrados estudos que relacionassem as questões da prematuridade. Sendo assim, sugere-se que novos estudos sejam realizados dentro da temática para fornecer embasamento científico para o diagnóstico de transtorno do processamento auditivo central em crianças prematuras com TEA visto os importantes impactos dos aspectos levantados para o desenvolvimento da comunicação.
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