ALTERAÇÕES AUDIOVESTIBULARES EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19
SILVA, A.K. de L. ;
DUARTE, D.S.B. ;
QUEIROZ, J.P.S. de ;
BEZERRA, M.V. ;
JUNIOR, J. de A.S. ;
NEGREIROS, S.P.A de ;
BRITTO, D.B.L. de A. ;
Introdução: Muitas adaptações de vida foram necessárias durante a pandemia da Covid-19. Os sistemas educacionais foram desafiados a trocar o modelo presencial pelo virtual, devido ao fechamento temporário das instituições de ensino em busca de um controle da proliferação do vírus. Por causa da suspensão das aulas presenciais a vida do aluno teve uma grande mudança tendo agora a substituição dessas aulas por aulas online por meio de diversos dispositivos eletrônicos como computadores e celulares disponíveis para evitar cada vez mais o contato físico fora de casa. Objetivo: Identificar a ocorrência de sintomas e/ou queixa de alterações audiovestibulares auto referidas por estudantes universitários no período da pandemia da Covid-19. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo observacional, retrospectivo e transversal aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos sob parecer nº4.835.476. Participaram 309 estudantes universitários, ambos os sexos, com aulas remotas por no mínimo seis meses, no período da pandemia da Covid-19. Após consentimento de participação, todos os participantes voluntariados responderam a um questionário virtual, registrados na base da plataforma do Google Forms, contemplando 11 questões objetivas. Como
critérios de inclusão, foram escolhidos indivíduos adultos que encontravam-se estudando em formato remoto durante a pandemia da Covid-19 em Instituição de Ensino Superior no período mínimo de seis meses. Como critérios de exclusão: indivíduos com patologias que pudessem afetar o sistema audiovestibular e/ou com problemas neurológicos e/ou que não estejam em condições de responder ao questionário fechado. Resultados: Dos 309 indivíduos que participaram da pesquisa, 22% participantes eram do sexo feminino e 78% do sexo masculino, com idade média de 23,65 anos. Os estudantes apresentaram uma média de 3,85 dias de aula remota por semana, com duração média de três a cinco horas/dia e a maioria assistia às aulas apenas por computador/notebook, fazendo uso de fone de ouvido durante as aulas (intra-auriculares e supra-auriculares). Em relação aos sintomas auditivos, 20,4% dos estudantes universitários relataram surgimento do zumbido durante o período das aulas remotas, sendo mais caracterizado como um apito. A grande maioria dos participantes que apresentaram zumbido durante as aulas remotas, não apresentavam esse sintoma antes. Em relação a presença das alterações de equilíbrio, 31,72% relataram o surgimento de episódios de tontura e/ou vertigem e, destes, 85,23% relataram que essa tontura e/ou vertigem acontecia ao se levantar. Importante destacar que 28,58% não tinham essa sintomatologia antes das aulas remotas durante a Covid-19. Conclusão: O surgimento de alterações de equilíbrio, como tontura e/ou vertigem bem como zumbido, foram as alterações auditivas e vestibulares mais relatadas por estudantes universitários durante o período da pandemia da Covid-19.
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