DIFERENCIAL DOS LIMIARES AUDITIVOS AÉREOS E ÓSSEOS DE PACIENTES COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA CONFORME AS FREQUÊNCIAS AVALIADAS
Teixeira, A.R. ;
Weingaertner, L.W. ;
Unchalo, A.L.S. ;
Gamarra, M.D. ;
Souza, M.E.C. ;
Felix, T.M. ;
Introdução: A osteogênese imperfeita (OI) é uma afecção hereditária, predominantemente autossômica dominante, cuja etiologia está associada em 85-90% dos casos, a uma diversidade de mutações nos genes COL1A1 e COL1A2. A manifestação clínica mais evidente da OI é caracterizada pela fragilidade óssea e resulta em diversas comorbidades, destacando-se a perda auditiva progressiva. A literatura sugere que o tipo mais prevalente de comprometimento auditivo, principalmente entre os mais jovens, é a perda auditiva condutiva. Objetivo: Analisar o diferencial entre limiares aéreos e ósseos por frequência em uma amostra de pacientes com osteogênese imperfeita. Metodologia: É um estudo transversal, observacional, quantitativo e comparativo. Foi realizada audiometria tonal liminar com pesquisa de limiares aéreos e ósseos. O diferencial aéreo-ósseo foi calculado subtraindo os limiares de via aérea e óssea nas frequências de 500Hz a 4.000Hz. Para análise estatística foi utilizado o teste de comparações múltiplas de Friedman. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob o número de protocolo CAEE 3233018500005327. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e, no caso de menores de idade, houve assinatura do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido pelos participantes da pesquisa e TCLE pelos responsáveis . Resultados: A amostra incluiu 35 pacientes, a idade variou entre 5 e 64 anos, com uma mediana 26 anos, 71,4% da amostra foi composta por pessoas do gênero feminino e o tipo de OI mais prevalente foi o tipo I. Foi identificada diferença significativa nos limiares aéreo-ósseos nas frequências avaliadas na audiometria tonal liminar (p<0,001). Os diferenciais dos limiares auditivos aéreos e ósseos em 500Hz e 1.000 Hz foram superiores em comparação com as demais frequências (2.000 Hz, 3.000 Hz e 4.000 Hz), as quais não diferiram entre si. Conclusões: Foram observados diferenciais nos limiares aéreo-ósseos nas frequências de 500 Hz e 1.000 Hz significativamente maiores que nas demais frequências (2.000Hz, 3.000Hz e 4.000Hz).
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