INFLUÊNCIA DO ZUMBIDO NA PROGRESSÃO DA PERDA AUDITIVA EM PACIENTES IDOSOS
AMARA, S.Y.G. ;
SANTOS, T.F.C. ;
JACOB, L.C.B. ;
SOUZA, F.O. ;
Introdução: Um dos desafios que impactam a população idosa é a perda auditiva, também conhecida como presbiacusia. Essa condição manifesta-se de maneira progressiva, podendo ser agravada, sendo o zumbido um dos principais sintomas desta população. Este exerce um impacto na qualidade de vida dos idosos, influenciando negativamente em aspectos como o convívio social e familiar, assim como o equilíbrio emocional. Além disso, sua relação com comorbidades, como hipertensão arterial e diabetes mellitus, amplifica os desafios enfrentados por essa parcela da população. Objetivo: avaliar e comparar a progressão da perda auditiva em pacientes idosos com e sem zumbido, e a ocorrência desse sintoma com a diabetes e a hipertensão arterial auto-referidas. Metodologia: Estudo descritivo e transversal conduzido por meio da análise de registros em prontuários de 203 pacientes atendidos em serviço de saúde auditiva de uma instituição publica de ensino. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob registro 64803522.0.0000.5441. Foram incluídos prontuários de indivíduos idosos (com idade entre 60 e 90 anos) com perda auditiva sensorioneural bilateral e com o registro de, pelo menos, duas audiometrias realizadas em um intervalo de tempo variável entre XX e XX anos.Excluídos os prontuários com registros incompletos e de indivíduos expostos ao ruído ocupacional. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo o grupo 1 sem zumbido e o grupo 2 com zumbido. Foram utilizados testes não paramétricos: Kolmogorov-Smirnovª, Kruskal-Wallis e Teste U de Mann Whitney. Resultados: Constatou-se que a presença ou ausência de zumbido em na faixa etária estudada não influenciou a progressão dos limiares auditivos. Não houve relação entre a ocorrência de zumbido e as comorbidades auto-referidas (diabetes e hipertensão arterial). Conclusão: Não foi identificada correlação entre a progressão da perda auditiva ou dos limiares auditivose a presença de zumbido na população estudada, assim como não houve relação entre o sintoma do zumbido e as condições de saúde referidas pelos idosos.
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