39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL DA PERDA AUDITIVA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS METABÓLICAS
Barros, V. N. ; Barcelos, F. V. L ; PAIVA, MP ; MACHADO, MJ ; HAAS, P ;

Introdução: A exposição prolongada a níveis elevados de ruído pode causar perda auditiva induzida por ruído (PAIR), afetando a comunicação e o bem-estar físico e emocional dos trabalhadores, onde a exclusão da exposição ao risco de ruído poderá evitar a progressão da perda auditiva. Fatores metabólicos, como hipertensão e triglicerídeos elevados, também podem influenciar distúrbios auditivos, especialmente em idosos. A PAIR é uma das principais doenças ocupacionais e pode impactar na qualidade de vida do trabalhador, gerando custos para empregadores e para o sistema de saúde. O gerenciamento audiológico precoce é crucial para prevenção e redução do impacto da exposição ao ruído ocupacional. Objetivos: Analisar a associação da perda auditiva em trabalhadores com doenças metabólicas, caracterizando a população adulta segundo aspectos socioeconômicos e de saúde e avaliar a relação entre o grau da perda auditiva e doenças metabólicas com o tratamento prolongado das doenças metabólicas. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo com análise de dados secundários de trabalhadores expostos ao ruído ocupacional e uso de medicação para o tratamento de doenças metabólicas, atendidos em duas clínicas de medicina ocupacional (C1 e C2) na cidade de Florianópolis (Brasil), no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2022, considerando os dados dos exames referenciais a partir do ano de 2005. Os dados foram organizados em planilhas do programa Microsoft Excel® e posteriormente exportados e analisados no software MedCalc® Statistical Software versão 22.006 Resultados: Houve prevalência de 73,20% de sujeitos do sexo masculino, apresentando valor de P* significativo para perda auditiva (0,0096), 34% dos sujeitos apresentaram baixa escolaridade e o risco de exposição ao ruído esteve presente em 64,90% das atividades laborais avaliadas. O valor de P* apresentou valor significante nas queixas auditivas (p=0,0001), para o desencadeamento ou agravamento de perda auditiva (p<0,0001). O tratamento de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi predominante em 38,10% da amostra, bem como o uso de medicamentos tipo ATC C (50,50%), utilizados para tratamento das alterações cardiovasculares. Ambas clínicas apresentaram prevalência da queixa de zumbido com valor significativo de P* (p<0,0001) e a análise do declínio ou do surgimento da perda auditiva, os valores de P* são igualmente significantes para o desencadeamento em medicamentos tipo ATC A e ATC H (p=0,0045) e de agravamento, o valor de P* foi significante nas mesmas categorias, ATC A com o valor de P = 0,0013 e ATC H com P* < 0,0001. Conclusões: A pesquisa destaca a alta prevalência de perda auditiva em sujeitos de idade 51 anos (mediana), do sexo masculina e baixa escolaridade, atribuída principalmente à exposição ao ruído ocupacional. Maior incidência à perda auditiva atribuída à C2, possivelmente devido à falta de treinamento em EPIs e orientações quanto à saúde auditiva. O uso de medicamentos para hipertensão e controle metabólico está associado a um maior risco de perda auditiva. Destaca-se a importância da conscientização e educação auditiva, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores através de serviços de assistência à saúde.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1269
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1269



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