39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COCLEAR EM RATOS: PROTOCOLOS DE EOAPD E VALORES DE REFERÊNCIA COM E SEM ANESTESIA
MACEDO, M. B. ; CUNHA, E. O. ; REIS, A. ; MACHADO, M. S. ; DALLEGRAVE, E. ;

Introdução: A avaliação da função coclear tem um papel fundamental na pesquisa audiológica, principalmente na avaliação da ototoxicidade induzida por diferentes substâncias. Em humanos, a exposição concomitante ao ruído, como também a diferentes agentes potencialmente ototóxicos, frequentemente associada ao ambiente laboral, aumenta o viés da relação nexo-causal. Neste contexto, torna-se fundamental o uso de modelo animal para avaliar danos à função coclear induzidos por agentes tóxicos como agrotóxicos, químicos industriais, entre outros. Objetivo: Padronizar a avaliação de Emissões Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção (EOAPD) em ratos, com e sem o uso de anestesia e definir os valores de referência para espécie e linhagem. Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar machos, com idade de 70±5 dias, sendo N=44, subdividido em 2 protocolos de avaliação por EOAPD: com anestesia (N=22) e sem anestesia (N=22). Os animais submetidos a avaliação com anestesia (Cetamina 50mg/kg associada a Xilazina 10mg/kg, por via intraperitoneal) foram avaliados somente após confirmado plano anestésico, em decúbito ventral, inserindo as olivas no meato acústico externo e, a partir dos estímulos iniciais de 65(F1) e 55(F2)dB NPS foram avaliadas as respostas para as frequências de 4, 6, 8, 10 e 12 kHz em ambas orelhas utilizando o equipamento OtoreadClinical®, da marca Interacoustics®, considerando-se 6dB como nível mínimo de relação sinal ruído. Os animais submetidos a avaliação sem anestesia foram previamente treinados para contenção suave por meio do enrolamento em um paninho, associada a inserção das olivas, por 5 dias consecutivos e um pré-teste com a emissão do sinal (para reconhecimento), sendo estes testados pelo mesmo protocolo e equipamento. Resultados: De uma forma geral, não há diferença estatística (p> 0,05, Mann Whitney) entre as medianas das amplitudes das EOAPD entre animais anestesiados e em estado de alerta, sendo todos os valores de relação sinal ruído iguais ou superiores a 6dB. As medianas das respostas dos animais anestesiados variaram entre 20 e 43 dB e nos animais em alerta entre 18 e 42 dB, para todas as frequências avaliadas. As respostas mínimas registradas foram 6 dB para ratos anestesiados e 7 dB para os em alerta, sendo os valores máximos de 53 e 52 dB, respectivamente. Sendo assim, os valores de referência para a espécie e linhagem não variam significativamente em função do estado de alerta. Conclusão: É possível realizar EOAPD em ratos sem o uso de anestesia, quando este protocolo for necessário. No entanto, sob anestesia, essa avaliação é mais rápida e dispensa período prévio de treinamento dos animais. Quanto aos valores de referência, não há diferença significativa na resposta sob condições de alerta e anestesia.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1310
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1310



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