39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

IMPACTO DO USO DE APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL E INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA GRUPAL EM USUÁRIOS DO SUS
Oliveira, L. A. ; Miranda-Gonsalez, E. C. ;

Introdução: O Ministério da Saúde brasileiro garantiu por meio da Portaria nº 2073/GM(3), de 2004 da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, o atendimento integral às pessoas com deficiência auditiva, contemplando diagnóstico, concessão de próteses auditivas e o acompanhamento do processo de adaptação aos dispositivos eletrônicos de amplificação sonora. Uma técnica adotada é o uso de atividades grupais no cuidado às pessoas promovendo a efetividade dos objetivos em relação à assistência à saúde devido a importância na construção de vínculos sociais, na efetividade dos processos de comunicação e na aprendizagem humana.
Objetivo: Avaliar o impacto do uso de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual e de intervenção fonoaudiológica grupal em usuários do SUS.
Método: Participaram do estudo 11 sujeitos, com idade média de 74 anos, que aguardavam o recebimento de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) em um CER IV da cidade de São Paulo/SP. Foram realizados quatro encontros em grupo, um por semana, com uma hora de duração cada. A proposta de intervenção seguiu alguns princípios do grupo operativo. Foram abordados os seguintes temas: compreensão da perda auditiva; limitações e restrições de participação geradas pela perda auditiva; expectativas quanto ao uso de amplificação sonora; orientação quanto uso, manuseio e cuidados com o AASI; estratégias facilitadoras de comunicação voltadas ao usuário e aos seus comunicadores frequentes. Todos os encontros foram permeados por relatos de experiência e integração dos participantes. Foram aplicados questionários de autoavaliação quanto a limitações de atividade decorrentes da perda de audição (SSQ-12), a presença de sintomatologia depressiva (EDG-15), o desempenho de funções cognitiva (MoCA) e a qualidade de vida (SF-36), em dois momentos: antes do recebimento dos AASI e do início do grupo (pré-intervenção) e logo após o término do último encontro grupal (pós-intervenção). A análise dos dados foi realizada pelo método do teste t pareado, e estabelecido um valor de significância (valor de p) de 0,05.
Resultados: Na análise comparativa entre as avaliações foi observado uma maior pontuação do questionário SSQ 12, tanto para pontuação total, quanto para as categorias fala (p=0,00), espacial (p=0,03) e qualidades auditivas (p=0,00). Houve uma diminuição significativa nos valores da EDG-15 (p=0,00). No desempenho no MoCA, apesar da média geral pós-intervenção ser maior do que a pré-intervenção, a distribuição das diferenças individuais entre as medições antes e depois do tratamento indicam que a maioria dos participantes apresentaram melhores escores pós-intervenção. Para os diferentes domínios avaliados pelo SF-36 não houve diferença significativa, destaca-se a categoria vitalidade com melhores pontuações (p=0,06)
Conclusão: O uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual associado a um programa de intervenção fonoaudiológica grupal reduziu as limitações de atividades e a sintomatologia depressiva. Também foi favorecida o desempenho em avaliação cognitiva por protocolo de triagem. A proposta de atendimento em grupo, segundo os princípios do grupo operativo, pode favorecer o fluxo e a dinâmica de atendimento de adultos com perda auditiva nos serviços de saúde, também proporciona vínculos sociais e efetividade dos processos de comunicação.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1320
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1320



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